Este “senhor” (ex-presidente, que não teve meu voto), em
todas as oportunidades na mídia, demonstra a grandeza de sua arrogância,
chegando ao ponto, em um “programinha” de televisão, a vociferar que: “A
única hipótese de eu voltar a me candidatar é se ela (presidente Dilma) não
quiser. Não vou permitir que
um tucano volte a presidir o Brasil” . Este ex-presidente, demonstra neste tipo
de declaração, perda de limites e noção de escrúpulos, pois não cabe a ele
decidir quem irá governar o País no futuro, uma vez que esta decisão cabe aos
eleitores.
Afora este episódio, uma revista nacional de grande circulação,
divulgou uma denúncia de que o ex-presidente Lula, pressionou o STF (Supremo
Tribunal Federal) no tocante ao próximo julgamento dos réus do rumoroso caso do
mensalão. Conforme, amplamente noticiado, do fato em que divisões do Partido
dos Trabalhadores (PT) esquematizaram compra de votos parlamentares em troca de
apoio a projetos governamentais, quando Lula era presidente da República. De
acordo com o que foi agora revelado, o ex-presidente procurou o ministro do STF
Gilmar Ferreira Mendes, e deu a entender de forma subtil, que atuasse
favoravelmente no adiamento do julgamento do mensalão, uma vez que desta
maneira, a maioria das penas prescreveria e, assim, os acusados, seus
companheiros, terminariam impunes. Em contrapartida, o ministro do STF Gilmar
Ferreira Mendes, não teria, em qualquer hipótese,
o envolvimento de seu nome com o senador Demóstenes Torres, uma das figuras
centrais da rede de corrupção liderada pelo contraventor Carlos Cachoeira. Complementando
seu apelo, Lula levou ao conhecimento de Gilmar Ferreira Mendes que falaria também
com outros colegas do STF, entre eles Enrique Ricardo Lewandowiski, Carmen
Lúcia Antunes Rocha e Antonio César Peluso.
Como de costume, Lula nega com todas as energias este
fato e se diz “indignado”, porém o ministro Gilmar Ferreira Mendes confirma,
caracterizando a situação “palavra de um contra o outro”. Então para se saber
quem tem razão, o mais sensato seria uma investigação rigorosa e isenta de
suposta tentativa de intromissão de um ex-presidente nas decisões da Justiça,
para proteger autores de ilícitos. É sempre bom trazer à memória, que Lula,
primeiro, afirmou desconhecer os acontecimentos do mensalão, que teriam
acontecido sem que ele tivesse ciência, uma resposta que jamais mereceu crédito
nos meios políticos. Mais tarde passou a dizer que os acontecimentos do
mensalão foram inventados pela oposição e pela imprensa para desestabilizar o
seu “perfeito” Governo. Para Lula, todo o meticuloso trabalho da Polícia
Federal, do Ministério Público e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
do Congresso, desvendando a “maracutaia” não vale nada. No seu entender de
semideus, o horripilante mensalão nunca existiu. Ora bolas, quem tem esse
comportamento de vai e vem absurdo pode sem sombras de dúvidas, ao aproximar-se
o momento de um acerto de contas, pretender “melar o jogo”.
Alguns líderes com carisma, quando galgam altas posições,
arvoram-se da onipotência e se acreditam acima do bem e do mal. O total esclarecimento dos fatos, envolvendo
o “senhor Lula” se torna uma exigência imperativa. Se isto vai ser feito ou
não, é uma grande incógnita. Só sabemos que, senão acontecer, os nossos mecanismos
de defesa ética pública e de correção de anomalias políticas e institucionais
terão falhado de forma gritante, mais uma vez.