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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Todo ser humano merece respeito


“Independentemente de crença, de raça, de sexo, de posição social, de condição econômico-financeira, de cultura, e até mesmo de idade, em verdade, todo ser humano merece respeito.
Lamentavelmente, nem sempre tem sido assim, uma vez que continuam a prevalecer em nosso meio, em nosso planeta Terra, o orgulho e o egoísmo, sem dúvida alguma as duas maiores chagas da Humanidade.
Recorrendo ao dia-a-dia, desde logo veremos como ainda é forte a presença do egoísmo e, por conseguinte, da falta de respeito ao semelhante.
Com efeito, para exemplificar, quando furamos a fila, seja do que for, estamos partindo do pressuposto de que o nosso tempo é mais importante do que o dos outros, que chegaram antes, e sobretudo estamos agindo em completo desrespeito às mais comezinhas regras de convivência em coletividade, ainda que não escritas.
De igual modo, se vamos a um teatro assistir a uma palestra e, além do lugar que ocupamos, colocamos qualquer objeto no assento ao lado com o intuito de guardá-lo para um amigo que está atrasado, evidentemente estaremos nos comportando com reprochável egoísmo, em detrimento de outras pessoas, que já chegaram àquele auditório, mas que não podem se utilizar dos assentos porque já estão "ocupados". Egoísmo e falta de respeito.
São milhares os exemplos, que estão ao nosso derredor, de egoísmo e de orgulho, assim como de sua filha predileta, a vaidade.
E é facílimo concluir que todos querem ser respeitados, tanto assim que o brocardo popular diz que "respeito é bom e eu gosto". Todos gostam.
Se assim é, de todo conveniente que perguntemos: o que será preciso fazer para introduzir o respeito entre nós, de modo generalizado?
Pensamos ser indispensável que cada um enxergue no próximo um irmão e faça a ele o que gostaria que ele lhe fizesse, respeitando-o sempre, quaisquer que sejam as circunstâncias, os fatos e a situação.
Será excelente se conseguirmos nos colocar com exatidão no lugar do outro, procurando pensar como ele, em melhores condições de entendimento, portanto, particularmente no que tange ao modo como desejaríamos ser tratados.
É claro que esse aprendizado é lento e há de ser alcançado de maneira gradual, com o emprego de nossa vontade férrea de acertar e com os formidáveis recursos da disciplina e da determinação para alcançar esse desiderato.
Mas, que não percamos de vista, não há nenhuma razão para desânimo, uma vez que a própria Natureza não dá saltos, de maneira que tudo se consegue devagar, devagarinho, a pouco e pouco.
É importante, importantíssimo, assim, que cada um faça a sua parte e faça-a bem, com o máximo de esmero, com o que estará prestando notável contributo para a harmonia e para o equilíbrio das relações humanas!
E o respeito começa em nós, em nossa intimidade, sendo necessário respeitar-se para respeitar a outrem, razão pela qual uma das bandeiras que devemos empunhar é a reforma íntima, para melhor, buscando-se transformar quanto possível o ser humano velho que insiste em prevalecer em nossas atitudes e decisões.
O respeito há de ser geral, respeito à própria vida e à sua preservação, respeito à Natureza, respeito aos animais, aos vegetais e aos minerais, mas, sobretudo, respeito ao ser humano, essa complexa criatura de Deus, que um dia atingirá a perfeição relativa e a felicidade suprema, destino final de todos nós.
Todos aspiramos ser respeitados. Respeito é bom, é ótimo, e dele todos nós gostamos. Está em nossas mãos obtê-lo. Em nosso próprio benefício, assumamos um auto-compromisso: a partir de agora, deste exato instante, procuraremos agir com respeito, com profundo respeito, com respeito sempre!”

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Simpatia Com o Diabo

Prazer em conhecê-lo. Eu sou lúcifer.
Por gentileza, permita-me apresentar.
Sou um homem rico e de bom.
Estou por aí já faz alguns anos.
Roubei as almas e a fé de muitos homens.
Estava lá quando Jesus Cristo teve seu momento de indecisão e dor.
Certifiquei-me de que Pilatos lavasse suas mãos e selasse seu destino.
Estava por perto em São Petersburgo quando vi que estava na hora de uma mudança.
Matei o Czar e seus ministros.
Anastácia gritou em vão.
Pilotei um tanque, usei a patente de general quando as blitzkrieg urgiam e os corpos fediam.
Assisti com orgulho enquanto seus reis e rainhas lutaram por dez décadas pelos deuses que eles criaram.
Gritei bem alto: "Quem matou os Kennedys?", quando afinal de contas foi apenas você e eu. Deixei armadilhas para trovadores que morreram antes de chegarem a Bombaim.
Prazer em conhecê-lo.
Espero que adivinhem o meu nome.
Mas o que está te confundindo? Esta é a natureza do meu jogo.
Assim como todo policial é um criminoso e todos os pecadores santos, e as cabeças são caudas, basta me chamar de Lúcifer, pois estou precisando de algumas restrições.
Então, se me encontrar, seja cortês, seja simpático e tenha bom gosto.
Use de toda etiqueta que conhece, ou então tomarei sua alma.


Observação do blog: Esse texto, é a tradução da música Sympathy for the Devil (Simpatia Com o Diabo), trilha sonora das demoníacas novelas Celebridades e Vamp, da rede Globo. A inserção deste texto visa mostrar que o mundo espiritual é mais real do que podemos imaginar, e quão destruidor é o poder maligno das novelas.

"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (I Pedro 5. 8)

domingo, 27 de setembro de 2009

Batalha espiritual


“Existem pessoas que vêem satanás como que um segundo Deus. Tais pessoas aceitam em suas mentes a idéia de que a vida é um grande conflito entre forças opostas.
Uma boa parte de igrejas “evangélicas” adotam como estratégia um movimento, denominado de “batalha espiritual” e tem contribuído efetivamente com a propagação de um conceito que concede a Deus e ao diabo; poderes idênticos. Para estes, a vida é uma grande trincheira, onde o diabo e Deus defrontam-se de igual para igual pelas almas da humanidade.
Em tempos não muito distantes desta nossa vida atual, o maniqueísmo ensinava que o universo era dividido em duas forças antagônicas e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, o diabo ou o mal absoluto. Infelizmente por considerar o bem e mal, como forças idênticas em peso e poder, os pregadores desta doutrina rejeitavam/rejeitam a soberania de Deus sobre um inimigo de nossas almas.
Não é necessário ser um profundo estudioso dos textos bíblicos mas, nas Escrituras Sagradas, em texto algum podemos ler que existe um mundo dualista onde bem e mal protagonizam batalhas espetaculares cujo final é imprevisível. Antes pelo contrário, ainda que os textos bíblicos nos mostrem as ações ardilosas de um inimigo, as quais não devem ser desprezadas, eles jamais tratam do diabo como alguém que tem poder para se opor à vontade soberana de Deus.
De uma leitura bíblica, podemos observar que um Movimento de “batalha espiritual” nos moldes acima, compromete as doutrinas cristãs ortodoxas. Doutrinas como a soberania de Deus, a suficiência da obra da cruz para a salvação do ser humano, são comprometidas.
Hoje, podemos constatar na mídia (rádio e Tv) que os “pastores” ao invés de ensinarem ao seu povo sobre a soberania de Deus, o valor da intercessão, o poder do evangelho, estão ensinando o poder que o diabo tem e estratégias para combatê-lo.
O resultado disso, é que encontramos pessoas, cada vez mais, com medo do sobrenatural, outras considerando-se o ápice da espiritualidade, os detentores da revelação e, exacerbadamente, legalistas. O argumento comum para se explicar a ênfase que dão ao diabo é que o primeiro princípio de guerra, é se conhecer muito bem o inimigo. Concordo, em partes. A qualquer guerra, este princípio é fundamental; entretanto, a “batalha espiritual” que travamos já foi ganha na cruz do calvário. É claro que não devemos ignorar os ardis do inimigo, mas devemos nos aplicar a conhecer a Deus, e não ao diabo, pois, quanto mais conhecemos Àquele que servimos, percebemos que o diabo não passa de criatura, diante do Criador.
O povo de Deus tem perecido, não por falta de conhecimento de quem é o inimigo, mas por falta de conhecimento de quem é o Criador. Por isso, como nunca, precisamos de uma volta às doutrinas básicas da fé cristã e; para isso, precisamos orar para que Deus levante verdadeiros mestres que tenham compromisso com a verdade das Escrituras e não com o resultado das igrejas cheias para proporcionar ganhos financeiros.”

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bisbilhotar a vida dos outros (Atama Moriya)

Por que os seres humanos adoram bisbilhotar a vida dos outros e sempre que possível analisar os defeitos dos outros e julgar também? Por que este interesse exagerado sobre a vida alheia?

Encontrar defeitos no ser humano, quem quer que seja, é muito fácil. Não existe ninguém na face do planeta Terra, encarnado ou desencarnado que não tenha defeitos para serem apontados. Ah, sim, todo mundo adora ficar apontando com o dedo os defeitos dos outros, aliás, o ser humano de hoje especializou-se nisto, afinal é o quase somente isto que encontramos na mídia.
Se Mozart estivesse vivo seria alvo de milhares de críticas, principalmente pela vida um tanto bastante diferente que levava, Salieri seria manchete como plagiador, e não foi. Wagner, um despeitado, Lizt um louco de músicas fúnebres, e assim por diante.
Por que o ser humano se interessa tanto pela vida alheia e não dá a mínima atenção para si mesmo e seus próprios defeitos? Age sempre como se fosse o mais nobre dos humanos, julga os outros impiedosamente, faz incríveis manchetes na mídia sobre a vida pessoal das outras pessoas, perseguem pessoas com os “paparazzis” e desejam mesmo desvendar os aspectos mais íntimos e pessoais dos outros. Que importância teria informações pessoais de outras pessoas para si mesmo? Nenhuma, a bem da verdade. Absolutamente nenhuma, tenham a certeza.
Já nos ensinavam os grandes seres que passaram por aqui: “conheça a ti mesmo, e conhecerás a Deus” e outros tantos que complementaram: “conheça a ti mesmo primeiro e não os outros”.
E mais, Jesus Cristo ensinava: “não julgueis para não serdes julgado” e muito sabiamente diga-se, isto porque, pela lei do universo, lei do equilíbrio e da harmonia plena, da mesma forma que julgardes alguém, também será julgado com o mesmo ardor e ímpeto de que fez uso.
O ser humano é um criança sob o ponto de vista de evolução do psico-mental conforme ensina a teosofia, todavia, já é passada a hora de amadurecer um pouco mais, de usar a mente racional e controlar seus ímpetos infantis.
A mídia é composta de seres humanos, e igualmente à busca também de apenas sucesso e dá uma ênfase toda especial sobre aspectos pessoais dos outros, e isto é que dá o ibope que pretendem. Entretanto, se não forem os primeiros a evoluírem um pouco fugindo desta passionalidade infantil, dependemos que cada vez mais os outros seres humanos possam compreender e mudar suas atitudes pessoais.
Eu já ouvi falar que pessoas que trabalham na mídia afirmam taxativamente que programas são de baixo padrão porque o povo é “burro” e para ter ibope tem que produzir coisas ruins mesmo. Ninguém é burro, porém, talvez tenham razão quanto ao tipo de programação, afinal a gente vê que a TV Cultura que é boa dá traços no ibope.
Porém, penso que cresce a cada dia o número de pessoas não alienadas; pelo menos é o que percebo numa visão macro, mas são poucas ainda.
Percebe-se que esta cultura de massa, não é influenciada somente pelo grau de cultura e conhecimento do povo, posto que falar da vida alheia dá audiência em qualquer país, seja rico ou pobre, então, esta alienação cultural considero que está intimamente ligada ao grau de consciência do ser humano atual como resultado dos valores éticos e morais da civilização terrestre como um todo, como resultado de uma globalização que também exporta contra-culturas.
Há um eterno jogo de equilíbrio entre espiritualidade e seus valores e a materialidade e suas recompensas, e da soma destes fatores, sempre desequilibradamente, obtemos a cultura básica de cada civilização. Para evoluir precisamos mesmo dos desequilíbrios, das contestações, das dúvidas, da descrença com a crença, dos mistérios, dos equívocos, dos erros, dos falsos conceitos, os quais vão sempre impulsionando o homem em seus questionamentos de vida, e a cada tentativa de encontrar respostas melhores ele acaba enunciando novos conceitos que vão servir até alguém encontrar outros melhores que os anteriores.
Estamos em final de um ciclo de baixa na humanidade, onde todos os valores humanos estão sendo questionados, as culturas estão sendo questionadas, as religiões estão sendo questionadas, o ateísmo está em cheque, os políticos estão sendo cobrados, os valores e os seus juízos estão mudando a cada segundo e tudo indica que o ser humano, que sempre evolui lentamente irá mudar também, afinal é um mutante humano que quando questionado, jogado contra a parede, evolui, pela dor ou pelo amor.
As civilizações que hoje dominam culturalmente outras civilizações serão as primeiras a sofreram uma grande mudança porquanto, até por razões matemáticas tendem a desaparecer como conjunto de valores culturais, valores estes que serão substituídos por outros forçosamente até também pelo desaparecimento paulatino e decisivo dos pais culturais diante de uma taxa de natalidade inferior a 2. Matematicamente a mudança não tarda a ocorrer em mais três a cinco gerações futuras.
Assim também está ocorrendo no Brasil, onde devido às grandes imigrações de outros povos estamos mudando os nossos valores culturais, e para melhor, principalmente a partir do século passado. Claro está que recebemos atualmente grandes influências externas de outras culturas que predominam no mundo, mas também seremos capazes de criar uma outra ainda miscigenada de todas, e com melhores valores éticos e morais também. E a taxa de natalidade aqui é ainda superior a 2. Pior não é possível, porque o homem sempre caminha para frente, embora que muitas vezes ao longo de sua história seja de maneira tímida e quase imperceptível num espaço de tempo curto de uma geração apenas e mesmo que muitas vezes tenhamos a impressão que estamos andando para trás.
Há várias razões pelas quais o ser humano interessa-se por demasia pela vida dos outros, e principalmente na busca de defeitos para que possam julgá-los, mas no fundo, todas as razões têm uma causa original e está no princípio do egoísmo, que faz parte da própria criação da personalidade, e por sermos muito jovens, ainda não aprendemos como lidar de maneira positiva com este princípio existencial. Certamente isto é muito difícil de compreender, embora entendível, mas vamos prosseguindo neste tema no futuro, assim como já me referi diversas vezes em outros textos sobre o egoísmo que faz parte da criação divina e com o propósito de nos mantermos sempre em evolução.
Sem o ego não podemos existir, e aprender a lidar com ele vivendo dentro de nós mesmos, conosco mesmo, como parte de nós integrante e inseparável faz a diferença; toda a diferença daqueles que estão no caminho para o crescimento de sua consciência com outros que continuam dormitando alegremente vivendo os dramas e felicidades dos outros, esquecendo-se que a prioridade deveria ser somente a sua própria vida, viver profundamente a sua própria experiência e aprender com elas como conhecer a si próprio e não os outros.
E, em tempo, tantos as virtudes e os defeitos quando conseguimos enxergar nos outros acontecem porque estas mesmas virtudes e defeitos existem dentro de nós, e portanto, cuide primeiro de si mesmo, se achar que deve fazê-lo a seu próprio bem.
Excetuando-se os grandes seres humanos da hierarquia divina, todos os demais não estão aqui para consertar ou mudar os outros, mas consertar a si mesmo. Permita que os outros se consertem a si mesmos e transformem-se sozinhos através de suas experiências de vida.
Permita que os outros tenham os seus próprios pensamentos e conclusões. Permita que os outros tenham as suas próprias crenças, verdades pessoais e atitudes e torne-se assim senhor do seu próprio destino e não dos outros.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Confiou demais?


“Talvez nos decepcionemos tanto porque depositamos em algo ou alguém uma confiança excessiva, esquecendo as limitações próprias a tudo o que é humano.
Com muita frequência ouvimos e lemos sobre um sentimento que parece se instalar e alastrar em muitos níveis de nossa existência: o sentimento de desconfiança, em geral acompanhado pelo sentimento de desolação e desesperança. Os acontecimentos na política nacional, os fenômenos da natureza, como os furacões e enchentes, o tsunami na Ásia, entre outros episódios de menor repercussão pública, têm sido apontados como razão desse sentimento de desconfiança e desesperança. Algumas personalidades afirmam que estes fatos reforçam o sentimento de desolação e “desmapeamento” que caracteriza o ser humano contemporâneo. Não existem mais grandes certezas, nem utopias...
É muito complicado viver sem poder confiar. É muito bom poder confiar em alguém. Isso nos dá contenção, nos permite relaxar e usar nossa criatividade para sonhar e planejar. Para viver, necessariamente, precisamos ter uma confiança em algo ou alguém, senão nos desesperamos.
Porém, por isso mesmo, muitas vezes sofremos muito. Pessoas ou instituições sobre as quais depositamos nossa confiança podem nos decepcionar. Isso também é inevitável. Geralmente esquecemos disso, ou não queremos sabê-lo. Penso que talvez nos decepcionemos tanto porque confiamos demais. Depositamos em algo ou alguém uma confiança excessiva, esquecendo as limitações que são próprias a tudo o que é humano. E isso é uma projeção, uma fantasia que ninguém pode, nem precisa, sustentar.
Podemos ver com frequência que quando algo errado acontece e nos decepcionamos, nos sentimos vítimas: as coisas não dão certo porque o outro falhou! E disso o ser humano gosta: queixar-se do outro, como o grande responsável pelas suas próprias limitações e faltas. Isso é uma atitude infantilizada. Nos eximimos de nossa própria responsabilidade. Gostaríamos que outros fossem para nós como os pais são para uma criança. (In)felizmente crescemos e a vida nos mostra que nossos pais também são apenas um homem e uma mulher. Que saudade dos tempos em que alguém prometia nos proteger... A vontade de acreditar nisso ainda é muito grande na maioria das pessoas.
Dietrich Bonhoeffer, o teólogo da resistência morto pelo sistema nazista, afirmou certa vez: “Temos que viver como se Deus estivesse morto”. Com isso queria dizer: não adianta apenas se lamentar e esperar que outro faça o que achamos que deve ser feito. Muitos cristãos esperam que Deus faça aquilo que cabe a nós fazer. Confiar em Deus ou em outra pessoa nunca deve nos dispensar de nossa própria responsabilidade para com aquilo que nós mesmos podemos e devemos fazer.”

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

???


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aceite as contrariedades


"Vamos admitir, logo de saída: detestamos as contrariedades; se pudermos, evitamos à todo custo situações que nos contrariem. Segundo o minidicionário Ruth Rocha, contrariedade significa contra tempo, desgosto. Diante desses significados fica fácil entender porque, naturalmente, fugimos à condição de contrariados (ainda segundo o dicionário, descontentes, aborrecidos, zangados). É natural imaginarmos que as pessoas prefiram não receber oposição aos seus pensamentos ou vontades e desejos. Mas, infelizmente, ou felizmente, não é assim que o mundo funciona. Somos contrariados em nossos pensamentos, desejos e atitudes, a todo instante. Em casa, nos relacionamentos e, principalmente, no trabalho. Neste último, não nos faltam pessoas capazes de se levantarem contra nossas idéias e projetos. Pior ainda quando essas têm poder de barrá-los. A primeira idéia é: “Ah, se pudesse simplesmente eliminar essa pessoa!”; ou “Por que precisa existir esse tipo de gente?” Respondo-lhe: pela mesma razão que não existiriam jogadores excepcionais se não existissem defensores nos times contrários, se não existissem bloqueios, redes, ou seja, se não existissem barreiras. Você sairia de casa, ou ligaria sua TV para assistir a um jogo com somente um time, sem adversário? Quanto mais difícil é a oposição, mais valorizado se torna o vencedor.
Voltando para as contrariedades na sua vida, você só tem 3 saídas:
1) Evitar as contrariedades, não se posicionando com autenticidade, deixando de emitir sua própria opinião, concordando com tudo e todos. Não tenha dúvida que essa é uma das formas mais rápidas de se transformar em “ninguém”.
2) Diante das contrariedades surgidas em decorrência de suas posições ou pensamentos, recuar de seu ponto, admitir que o mundo está contra você, e que o certo seria mudar de casa, de namorada ou cônjuge e, principalmente, mudar de emprego, afinal “ninguém nessa empresa pensa como eu?” Essa é a típica situação em que auto-afirmamos que sabemos de tudo, somos donos da verdade, e o problema é que “as pessoas não me entendem!” É óbvio que existem casos em que realmente seus superiores estão equivocados, ou ultrapassados em suas visões. Mesmo assim, você deve optar pela posição explicada a seguir.
3) Simplesmente admita, mentalmente, que posições contrárias às suas são absolutamente necessárias ao seu crescimento pessoal, seja na família, socialmente ou profissionalmente. Ao invés de se fechar na sua posição, entre num processo dialético, de análise sincera e responsável dos “porquês” que levam a outra parte a pensar diferente. Tente pensar sob o ponto de vista de quem está se opondo a você. Pergunte, questione, pondere, sempre com todo o respeito.
Das duas uma: depois do diálogo, ou você reafirma sua certeza com relação à sua posição, ou você conclui que existiam outros aspectos que você não estava enxergando e que são vitais para melhor construir e definir o que você estava defendendo.
Lembre-se: aceitar as contrariedades como algo que faz parte do jogo da vida, é um dos primeiros passos em direção a se tornar uma pessoa melhor.



P.S.: Não fique constrangido em me contrariar, não concordando com o que foi escrito. Mas, com respeito, emita sua opinião. É perfeitamente admissível que eu esteja errado. Entendeu?
"

domingo, 13 de setembro de 2009

Não deixe de ler


De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em
qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito:

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4
M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3
F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35!
R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310
COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4
M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R
P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M
ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3
M3REC3!

P4R4BÉN5!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

‘Zen e a crise da cultura ocidental (Leonardo Boff)


Desde há tempos que por detrás da crise atual econômico-financeira vige uma crise de paradigma civilizatório. De qual civilização? Obviamente se trata da civilização ocidental, que já a partir do século XVI foi mundializada pelo projeto de colonização dos novos mundos.
Este tipo de civilização se estrutura na vontade de poder-dominação do sujeito pessoal e coletivo sobre os outros, os povos e a natureza. Sua arma maior é uma forma de racionalidade, a instrumentalanalítica, que compartimenta a realidade para melhor conhecê-la e assim mais facilmente submetê-la. Depois de quinhentos anos de exercício desta racionalidade, com os inegáveis benefícios trazidos e que encontrou na economia política capitalista sua realização mais cabal, estamos constatando o alto preço que nos cobrou: o aquecimento global induzido, em grande parte, pelo industrialismo ilimitado e a ameaça de uma catástrofe previsível ecológica e humanitária.
Estimo que todos os esforços que se fizerem dentro deste paradigma para melhorar a situação serão insuficientes. Serão sempre mais do mesmo. Temos que mudar para não perecer. É o momento de inspirar-nos em outras civilizações que ensaiaram um modo mais benevolente de habitar o planeta. O que foi bom ontem pode valer ainda hoje.
Tomo como uma das referências possíveis o zenbudismo. Primeiro, porque ele influenciou todo o Oriente. Nascido na Índia, passou à China e chegou ao Japão. Depois porque penetrou vastamente em estratos importantes do Ocidente e de todo o mundo. O Zen não é uma religião. É uma sabedoria, uma maneira de se relacionar com todas as coisas de tal forma que se busca sempre a justa medida, a superação dos dualismos e a sintonia com o Todo.
A primeira coisa que o zenbudismo faz é destronar o ser humano de sua pretensa centralidade, especialmente do eu, cerne básico do individualismo ocidental. Ele nunca está separado da natureza, é parte do Todo. Em seguida, procura uma razão mais alta que está para além da razão convencional. Recusa-se a tratar a realidade com conceitos e fórmulas. Concentra-se com a maior atenção possível na experiência direta da realidade assim como a encontra.
“Que é o zen?”, perguntou um discípulo ao mestre. E este respondeu: “As coisas cotidianas; quando tiver fome, coma, quando tiver sono, durma”. “Mas não fazem isso todos os seres humanos normais?”, atalhou o discípulo. “Sim” – respondeu o mestre – “os seres humanos normais quando comem pensam em outra coisa, quando dormem, não pregam o olho porque estão cheios de preocupações”. Que significa esta resposta? Significa que devemos ser totalmente inteiros no ato de comer e totalmente entregues ao ato de dormir. Como já dizia a mística cristã Santa Tereza: “Quando galinhas, galinhas, quando jejum, jejum”. Essa é a atitude zen. Ela começa por fazer com extrema atenção as coisas mais cotidianas, como respirar, andar e limpar um prato. Então não há mais dualidade: você é inteiro naquilo que faz. Por isso, obedece à lógica secreta da realidade sem a pretensão de interferir nela. Acolhê-la com o máximo de atenção nos torna integrados porque não nos distraímos com representações e palavras.
Essa atitude faltou ao Ocidente globalizado. Estamos sempre impondo nossa lógica à lógica das coisas. Queremos dominar. E chega um momento em que elas se rebelam, como estamos constatando atualmente. Se queremos que a natureza nos seja útil, então devemos obedecer a ela.
Não deixaremos de produzir e de fazer ciência, mas o faremos com a máxima consciência e em sintonia com o ritmo da natureza. Orientais, ocidentais, cristãos e budistas podem usar o zen da mesma forma que peixes grandes e pequenos podem morar no mesmo oceano. Eis uma outra forma de viver que pode enriquecer nossa cultura em crise.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Criação

Amigos,
Deus disse: "Que cresça a erva, que a erva dê semente, que da semente cresçam árvores e dêem frutos".
Deus povoou a Terra com brócolis, couve-flor,espinafre, milho e vegetais de todas as espécies, para que o Homem e a Mulher pudessem viver longas e saudáveis vidas.
E Satanás criou o McDonald's e a promoção de dois BigMacs a cinco reais.
E Satanás disse ao Homem: "Queres as batatas fritas com que?"
E o homem disse: "Na promoção, com Coca-cola, catchup e mostarda".
E o Homem engordou cinco quilos.
E Deus criou o iogurte saudável, para que a Mulher pudesse manter a forma esbelta de que o Homem tanto gostava.
E Satanás criou o chocolate. E a Mulher engordou cinco quilos.
E Deus disse: "Experimentem a minha salada".
E Satanás criou os pratos de bacalhau com creme e marisco. E a mulher engordou 10kg.
E Deus disse: "Enviei-vos bons e saudáveis vegetais e o azeite para que os possam cozinhar".
E Satanás inventou a gordura hidrogenada, a galinha frita e o peixe frito.
E o Homem ganhou dez quilos e os níveis de colesterol bateram no teto.
E Deus criou os sapatos de corrida, e o Homem perdeu aqueles quilos extras.
E Satanás criou a televisão a cabo com controle remoto para que o homem não tivesse de se levantar para mudar de canal.
E o Homem engordou mais vinte quilos.
E Deus disse: "Estás passando dos limites".
E Satanás criou o ataque cardíaco.
E Deus criou a intervenção cirúrgica cardíaca.
E Satanás criou o sistema de saúde brasileiro...
Mas Deus deu ao homem os convênios... e aposentadoria para que ele pudesse descansar e ter nova chance..
Aí Satanás criou o PT...
Então Deus desistiu...
(Arnaldo Jabor)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Respeito a si mesmo

Existem épocas que nos desencontramos de nós mesmos e, nesse desencontro, criamos fantasmas, estagnamos nas ações...

Só existe auto-estima quando uma pessoa vive de acordo com suas idéias, sem ofender o código de valores que ela construiu ao longo da vida.
Uma pessoa para quem a honestidade é fundamental poderá ficar rica se aceitar suborno, mas sua auto-estima cairá, inevitavelmente.
Não é possível alguém gostar de si mesmo, ter um bom juízo de si, se estiver agindo em desacordo com seus princípios.
Os valores de cada pessoa, assim como os de cada sociedade, variam muito e dependem fundamentalmente do ambiente em que ela cresceu.
Nos primeiros anos de vida, incorporamos essas normas com o objetivo de agradar aos adultos que nos são importantes.
Aprendemos seus valores e os adotamos porque este é o caminho para sermos amados por eles.
Os adultos usam essa necessidade das crianças de serem protegidas e
acariciadas como instrumento para educá-las, ou seja, transmitir à nova geração as normas daquela comunidade.
Mas isso é apenas o princípio do processo.
A partir de um certo ponto do nosso desenvolvimento, passamos a contestar os valores que nos foram impostos pela educação.
Isto pode ser feito de um modo bastante estabanado e grosseiro, negando, apenas por negar, tudo o que nos ensinaram (e são muitos os adolescentes que agem assim).
Entretanto, também podemos reavaliar nossos princípios de um modo mais sofisticado, comparando-os com outros pontos de vista ou submetendo-os a uma experimentação na vida prática.
Se fomos educados, por exemplo, a não transigir, tornando-nos pessoas rígidas e prepotentes, isso pode nos trazer muitos inimigos e afastar as pessoas de quem gostamos.
A prática da vida nesse caso poderá nos ensinar a ter mais "jogo de cintura", ou seja, a afrouxar um pouco mais os nossos critérios quanto à liberdade e aos direitos de cada pessoa.
Sempre que mudarmos nossos valores devemos conseguir mudar também nossa conduta.
O objetivo disso é fazer com que possamos viver de acordo com nossas idéias, condição indispensável para uma auto-estima positiva.
Mas outra condição se impõe para uma boa auto-estima: levar uma vida produtiva, em constante evolução.
Se uma pessoa gosta de cozinhar, ela tenderá a se dedicar a essa atividade.
Será capaz de avaliar seus avanços por meio da reação das pessoas que provam sua comida e não adianta negarmos:
Somos dependentes das reações dos que nos cercam e nos são queridos.
Os elogios reforçarão suas convicções de que está indo pelo caminho certo, enquanto as críticas indicarão a necessidade de correção de rota.
Com o passar do tempo e o crescer da experiência, ela saberá avaliar a qualidade de sua comida por si mesma, tornando-se menos dependente do julgamento dos outros.
Sua auto-avaliação vai se tornando mais importante que a dos outros.
Sua auto-estima vai se cristalizando em um patamar alto, sólido e independente do ambiente.
Mas é importante ressaltar que esta imagem positiva de si mesmo não pode ser construída do nada.
Não adianta a pessoa se olhar todos os dias no espelho e dizer: "Eu sou uma pessoa legal, mereço as coisas boas da vida, eu me amo".
Agir assim é acreditar que se pode enganar a si mesmo com discursos bonitos e falsos.
Precisamos agir sempre de acordo com as nossas convicções, levar uma vida produtiva e nos aprimorar naquilo que fazemos.
Não importa qual seja a atividade, precisamos nos relacionar com o nosso meio e receber dele sinais positivos de que nossa ação é boa e que está em permanente evolução.
Se uma pessoa não faz nada, não se dedica a nenhum tipo de atividade, não terá a menor chance de ter uma boa auto-estima.
Ela não se testa para saber qual é o seu valor, e a dúvida puxa para baixo a autoavaliação.
E de nada adianta colocar uma máscara e sair por aí com ares de quem "se ama e muito".
Isso não engana ninguém! (Flávio Gikovate - Psicanalista)