
“Felizmente não morreu ninguém. Entretanto, milhares de pessoas foram afetadas, impedidas de viajar de avião, o que provocou prejuízos elevadíssimos para empresas e governos, tudo por causa da enorme quantidade de fumaça expelida por um vulcão, na Islândia, nesta semana. A densa nuvem negra, de dimensões extraordinárias, e deslocando-se com velocidade, espalhou-se por diversos países da Europa, levando as autoridades nacionais a suspender milhares de vôos, não só no continente, como também os com destino a outras partes do mundo. Em todo o planeta, o público acompanhou espantando a insólita manifestação da natureza. Todavia, não foi a única a ocorrer nestes dias. No oeste da China, um violento terremoto matou perto de mil pessoas, deixou incontáveis desabrigados, arrasou cidades e praticamente acabou com a infraestrutura local, numa repetição dos fortes abalos registrados neste ano no Haiti, no Chile e na Turquia. Nos dois casos, o do vulcão na Europa e o do tremor na China, outra alternativa não resta se não lamentar as perdas e recomeçar a reconstrução.
O problema é que, mais uma vez, os sinistros aconteceram sem que os institutos especializados os tivessem previsto, no grau extraordinário em que foram registrados, e com a necessária antecedência para que providências fossem tomadas no sentido de atenuar seus efeitos. A conclusão, então, é uma só: a ciência ainda está muito atrasada nesse campo. Se na área do clima – e pelo menos nos países mais desenvolvidos – já é possível calcular com precisão a chegada de chuvas, furacões,maremotos e outros eventos do gênero, inclusive seu volume e duração, o mesmo não se dá com os terremotos e as erupções vulcânicas. Esse episódio da nuvem de fumaça que cobriu parte da Europa é exemplar: a atividade do vulcão, na Islândia, vinha sendo monitorada, mas não houve aparato sismológico que revelasse o que poderia sair das profundezas da terra, qual a exata composição das emanações e que abrangência teriam. Só diante do fato consumado é que se conhece a verdadeira extensão da anormalidade, e aí era tarde. Nada mais havia a fazer, portanto, a não ser administrar as conseqüências.
O que cabe destacar é que, se os cientistas já conseguiram colocar pessoas na Lua, criar supercomputadores que executam tarefas fantásticas e realizar outros prodígios da tecnologia, ainda estão engatinhando nesse ramo das previsões dos fenômenos naturais, de tantas e tão profundas implicações para a humanidade. Somas bilionárias são gastas anualmente em armamentos, e não em estudos e pesquisas científicas com o objetivo de se tentar prever os cataclismos e as catástrofes. É um modelo errado, este. E enquanto não for revertido, as populações é que irão pagar a conta e, entre elas, como de costume suas faixas mais pobres são as que mais sofrem.” (Fonte: A Tribuna)
O problema é que, mais uma vez, os sinistros aconteceram sem que os institutos especializados os tivessem previsto, no grau extraordinário em que foram registrados, e com a necessária antecedência para que providências fossem tomadas no sentido de atenuar seus efeitos. A conclusão, então, é uma só: a ciência ainda está muito atrasada nesse campo. Se na área do clima – e pelo menos nos países mais desenvolvidos – já é possível calcular com precisão a chegada de chuvas, furacões,maremotos e outros eventos do gênero, inclusive seu volume e duração, o mesmo não se dá com os terremotos e as erupções vulcânicas. Esse episódio da nuvem de fumaça que cobriu parte da Europa é exemplar: a atividade do vulcão, na Islândia, vinha sendo monitorada, mas não houve aparato sismológico que revelasse o que poderia sair das profundezas da terra, qual a exata composição das emanações e que abrangência teriam. Só diante do fato consumado é que se conhece a verdadeira extensão da anormalidade, e aí era tarde. Nada mais havia a fazer, portanto, a não ser administrar as conseqüências.
O que cabe destacar é que, se os cientistas já conseguiram colocar pessoas na Lua, criar supercomputadores que executam tarefas fantásticas e realizar outros prodígios da tecnologia, ainda estão engatinhando nesse ramo das previsões dos fenômenos naturais, de tantas e tão profundas implicações para a humanidade. Somas bilionárias são gastas anualmente em armamentos, e não em estudos e pesquisas científicas com o objetivo de se tentar prever os cataclismos e as catástrofes. É um modelo errado, este. E enquanto não for revertido, as populações é que irão pagar a conta e, entre elas, como de costume suas faixas mais pobres são as que mais sofrem.” (Fonte: A Tribuna)
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