Enquanto a
presidente Dilma se preocupa com o PT e o Lula, a Nação está sangrando.
Inebriados,
em razão da divulgação de trechos da delação premiada do ex-líder do atual
governo, o ainda (???) senador Delcídio do Amaral (PT-MS), onde existe citação
de envolvimento da presidente (???) Dilma e o ex-presidente Lula em diversas
tentativas de barrar investigações da Operação Lava-Jato, a maioria do povo
acabou não prestando muita atenção aos números divulgados pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o desempenho da nossa economia em
2015, que influencia em demasia as nossas vidas no dia a dia.
O governo
não admite, não é claro em suas explicações, mas a situação é muito séria. A
queda do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 na faixa de 3,8%, nunca aconteceu
desde o ano de 1990. O mais grave de tudo isto é que a profunda recessão que
vivenciamos não dá nenhum passo atrás, e, vai continuar durante todo os dias de
2016, assim sendo, a retomada de crescimento fica cada vez mais distante de
melhoras. Esta administração do País, atual, conseguiu realizar a proeza de
deixar nossa economia dois anos consecutivos em recessão. Só uma vez, desde
1900, na Grande Depressão dos anos 1930, após a crise mundial marcada pela
quebra da Bolsa de Nova Iorque, aconteceu dois anos consecutivos de recessão,
e, destaque-se, em intensidade menor do que a prevista para o biênio 2015-2016.
Os nossos
números são péssimos, em todas as áreas. Na verdade, salva-se apenas a agropecuária,
que cresceu 1,8%, os demais setores econômicos decresceram: industrial 6,2%;
serviços 2,7%. O consumo das famílias despencou 4,0% em 2015, o pior desempenho
em 25 anos, da mesma forma que os gastos do governo (-1,0%). A produção recuou
aos níveis de 2011, e a renda média anual por habitante, de R$ 28.876,00 no
final de 2015 (R$ 2.406,00 por mês) é 4,6% menor do que a de 2014, considerada
a inflação.
Mas o
número mais terrível é o da redução dos investimentos, que chegou a 14,1%.
Trocando em miúdos, isso significa que não houve compra ou renovação de
máquinas e equipamentos, nem novos empreendimentos, com a aniquilação do
estoque de capital, com cicatrizes horríveis na cadeia produtiva. Um número
significativo de empresas, principalmente as menores, que dependem de
fornecimento para as maiores, enfrentarão problemas crescente, que podem levar
ao seu fechamento, diante de um longo período sem encomendas. Enquanto isso, a
crise chega também na arrecadação de impostos: em 2015 houve queda de 7,3% na
receita de impostos sobre produtos comparando-se ao ano de 2014.
Resumindo
o nosso trágico cenário: recessão profunda, inflação resistente ainda em nível
muito alto, desemprego cada vez maior, renda em declínio. Investimentos são
raros e escassos, e não existe perspectivas de solução. Falta um projeto
articulado, capaz de romper o atual estado de desânimo e falta de confiança.
Infelizmente,
hoje, qualquer solução depende da iniciativa e capacidade política, totalmente
inexistente no governo federal. Ele, devido aos próprios erros, está cada vez
mais enfraquecido pelas denúncias e pelas ações da Operação Lava-Jato, está
literalmente na corda bamba, pressionado e acuado. Enquanto isso, a recessão,
que já se estende por sete trimestres, vai aprofundando.
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