sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
O governo central gasta muito e gasta mal

O nosso presidente da República, utilizando-se da retórica, cantou e canta que a crise americana no mercado imobiliário não abalou o mercado financeiro no Brasil; por desconhecer na prática os fundamentos de economia, crises do gênero, por vezes, acabam provocando outras crises, inclusive na esfera social e moral. Com conjuntura econômica não se brinca e o Brasil não está imune a abalos financeiros que sofre ou venha a sofrer a economia mundial. Se países evoluídos economicamente tiveram de injetar bilhões de dólares através de seus Bancos Centrais, não dá para entender porque a “administração” pública brasileira se diz que o Brasil está imune a desastres financeiros na maior economia mundial.
A economia brasileira apresenta uma maior solidez em vários indicadores macroeconômicos, em comparação com o ano de 2002. Temos baixa inflação, superávits comerciais recordes e reservas internacionais superiores a U$ 150 bilhões. As perspectivas de crescimento também são maiores, ao redor de 4,5% para este ano. Contudo, é bom lembrar que, apesar disso, o Brasil é um dos países emergentes de menor crescimento, e deverá crescer menos que a economia mundial, a qual, segundo o FMI, se expandirá 5,2% durante 2007 e 2008. Além disso, os bons resultados macroeconômicos mostrados por nosso País dependem fundamentalmente do desempenho do cenário internacional.
O crescimento econômico de qualquer país depende basicamente da quantidade de investimento em capital físico (aquisição de máquinas e equipamentos), investimento em capital humano (educação e capacitação) e do avanço tecnológico. Todos esses fatores necessitam de financiamento, o que requer a existência de um nível de poupança bem maior que aquele de que a economia brasileira é capaz. Temos um setor privado com baixíssima capacidade de poupança, pois, já contando com uma renda comprometida quase na totalidade com gastos de consumo essencial, ainda deve pagar uma carga tributária próxima a 40% da renda. Além disso, temos um governo que gasta crescentemente e gasta “mal”, pois concentra a maior parte de suas despesas em gastos correntes, basicamente salários de servidores públicos, gastos com a previdência e com políticas assistencialistas, tipo Bolsa-Família. Ou seja, não existe crescimento de poupança pública, ao contrário, existe decréscimo, que só não é maior porque a arrecadação está se expandindo de forma contínua, o que permite manter algum superávit primário. Mas o resultado final é um déficit, o que significa que o governo não está aproveitando o superávit primário para reduzir o endividamento, que sempre foi o objetivo; se não o consegue, termina tendo que “rolar” parte da dívida. O endividamento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) está caindo, fundamentalmente devido às reduções da taxa SELIC, referência para a remuneração de grande parte dos papéis públicos. Resumindo tudo isso, poderíamos dizer que o atual governo está redistribuindo o “bolo” antes que ele cresça. Sendo assim, o crescimento econômico atual, em vez de ser determinado pelo aumento da capacidade de produção, está sendo impulsionado pelo consumo, o que pode provocar pressões inflacionárias. Isso só não acontece porque, com o dólar barato, as importações têm aumentado de forma importante, o que termina colocando um “teto” natural à elevação dos preços internos.
E o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)? O PAC é apenas um amálgama de projetos públicos, em sua maioria já contemplados anteriormente, e projetos privados que não passam de intenções. O Governo acredita que o setor privado se entusiasmará e investirá, ao perceber que o setor público realizará importantes investimentos. Essa idéia é um equívoco porque, por um lado, o Governo não possui grande capacidade de investimento, como já vimos, além de existir grandes entraves burocráticos, que terminam atrasando consideravelmente a realização de uma série de projetos. No que tange ao setor privado, sua disposição a investir também tende a ser afetada pelo marco regulatório, que sofre de grande incerteza devido à crescente indefinição do futuro das agências reguladoras. Outro aspecto que aumenta a percepção de risco por parte dos empresários privados é a disposição, mostrada recentemente pelo Governo, de reestatizar setores como a telefonia fixa, a petroquímica e a eletricidade, sem que existam motivos palpáveis para tal. Não adianta anunciar um “mega-plano” de investimentos, que depende de forma importante do setor privado, se o próprio Governo dá sinais de preferir que o Estado seja o principal motor da economia. Além de tudo isso, temos um grande gargalo na infra-estrutura, que não é capaz de sustentar um crescimento acelerado da economia sem entrar de vez em colapso, em “apagões” aéreos, rodoviários, de energia elétrica, etc.
Em primeiro lugar, a economia brasileira encontra-se relativamente “blindada” para enfrentar essa nova crise financeira, pois dispomos de elevado nível de reservas internacionais, o que contribui para reduzir de forma importante nossas necessidades atuais de moeda estrangeira. Por isso mesmo, essa turbulência tem se manifestado em nosso País de forma bem limitada, provocando uma moderada elevação do câmbio e algumas quedas nas cotações da BOVESPA, e não uma crise na balança de pagamentos. Agora, está claro que, se essa crise redundar em uma desaceleração ou até em uma recessão da economia norte-americana e mundial, aí sim o panorama da economia brasileira se complica, porque já não poderemos realizar a “mágica” de crescer a partir do consumo, sem provocar aumento da inflação. Contudo, essa crise financeira atual não parece estar afetando diretamente os bancos internacionais, pois os bancos centrais têm injetado liquidez suficiente nos mercados para compensar a falta de fundos, e ela está circunscrita a um segmento de alto risco do mercado imobiliário norte-americano, que equivale a 20% do total.
Sinceramente, acho que há uma obsessão injustificada por esse tema na economia brasileira, principalmente por parte das autoridades econômicas, em seu afã de legitimar sua política econômica atual. Embora, como já disse anteriormente, o Brasil mostre atualmente melhores indicadores macroeconômicos que no passado, as agências classificadoras também estão atentas aos problemas pendentes. Essas classificações de risco são realizadas de forma comparativa, e não absoluta, e aí o Brasil não se sai muito bem em relação a outras economias emergentes –– como a Rússia e o México, por exemplo –– principalmente na questão fiscal. Portanto, acho que essa classificação não será dada ao Brasil de forma automática, e que isso também dependerá da situação de liquidez externa. Se o impressionantemente longo período de auge econômico mundial terminar, e com ele o excesso de liquidez, penso que os investidores externos ficarão mais exigentes ao avaliar os indicadores econômicos de países emergentes como o Brasil. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2007
A fatura da CPMF

Acaso ou não, o PSDB foi o partido mais beneficiado, segundo o jornal O Estado de S.Paulo: R$ 7,5 milhões. Mesmo assim, o governo foi obrigado a adiar para esta semana o prosseguimento da batalha pela aprovação, que ainda exige uma votação na Câmara e duas no Senado. Semana passada foram feitas nomeações políticas para o Banco do Nordeste e para o Porto de Santos, explica o mesmo jornal. Na fila, o PMDB aguarda cargos na Eletronorte, na Petrobras e na Braspetro. 

domingo, 23 de setembro de 2007
Dois espelhos partidos

A constatação poderia ser uma obviedade, não fosse o fato de que é o Poder Executivo que mais desmoraliza o Poder Legislativo. Torna-se patente que o presidencialismo, sob o mando lulista, faz gato e sapato do Senado e da Câmara, transformando-os em extensões do Planalto. Nenhum governante, desde os militares, fez uso da instituição de modo tão instrumental quanto o atual. Se a democracia passa por momentos de declínio nos quadrantes mundiais, em face de crises econômicas que baixam sua qualidade, no Brasil a corrosão democrática sofre maior impacto em função da identidade salvacionista assumida pelo presidente da República, que desnivelou a régua dos Poderes. O papel do Parlamento se estreitou. Nem o Senado representa bem os Estados nem a Câmara, os anseios do povo. São dois espelhos partidos. E, ao se apropriar da estabilidade econômica alcançada pelo País, cuja paternidade o tucanato não soube defender, o lulismo passou a refazer a História e a interferir de modo inusitado na esfera parlamentar.
Para jogar nos cofres quase R$ 40 bilhões gerados pela alíquota de 0,38% cobrada da CPMF, o governo chega ao cúmulo de revogar três medidas provisórias (MPs), jogando no lixo critérios da relevância e urgência, que fundamentam o uso do instrumento. A confusão jurídica e a perplexidade aumentam diante da insinuação de que as revogações das MPs podem não ser definitivas. Bastaria autorizar o rolo compressor governista a rejeitar, mais adiante, as revogações. Num dia, Lula usa a prerrogativa excepcional para legislar; no outro, vale-se da mesma arma para anular medidas anteriores (urgentes e relevantes); e, num terceiro movimento, pode manobrar para repor a instância inicial ou reapresentá-la com modificação. Um samba do crioulo doido. O artifício pode até ser legal, mas é imoral. A Câmara vira bagaço de laranja. Por trás da manobra está uma verbinha apreciável para encompridar o cobertor do “pai dos pobres”.
O custo subiu às alturas. Os aliados cobraram liberação de emendas e cargos federais. Sempre foi assim, diz-se. Mas, convenhamos, a situação, agora, é vergonhosa. Assiste-se a um estupro da moralidade. Como o País passa por momentos de extrema competitividade política, inflaciona-se o preço do apoio parlamentar. Dessa forma, a administração petista engendra a maior desconstrução do ideário político que já se viu no País. Há outro aspecto. A desconfiança nos políticos beneficia o mandatário-mor. As lealdades da massa convergem para quem lhes ofereça mais agrado e simbolize força para resolver problemas. Quem se der ao trabalho de examinar a planilha da governança desenhada pela administração constata que, ao lado das MPs, o lulismo usa todas as ferramentas com força legislativa, como projetos de lei do Executivo em regime de urgência, instruções normativas (que se multiplicam na Esplanada dos Ministérios), portarias e atos declaratórios sobre os mais diversos temas. É um arsenal nunca visto. Se quiserem resgatar a dignidade, Senado e Câmara terão de dar um basta ao imperialismo do Planalto, a partir de um dique para barrar as medidas provisórias, estabelecendo uma agenda própria, que vá além de coisas como voto aberto e extinção da figura do suplente de senador sem voto. Sem uma reforma política em profundidade, a mixórdia continuará.

Não é de admirar, portanto, que nossa mais alta autoridade, poderosa, garanta ao primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, que pedirá a Bush para “resolver o problema da crise” e não “deixá-la atravessar o Atlântico e chegar ao Brasil”. Com tanto poder, dá-se o direito de abrir as portas do Senado e da Câmara quando e como quiser. E exigir das duas Casas que andem a reboque do Executivo.” (Gaudêncio Torquato, jornalista, consultor político e professor titular da USP)

sábado, 22 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Perversidade (Celso Ming – jornalista)

O presidente Lula e os ministros da área econômica passaram os últimos dias tentando convencer os políticos de que a CPMF não pode cair porque o Governo não tem como abrir mão de uma arrecadação de R$ 40 bilhões por ano. É mais ou menos o mesmo que dizer que o combate ao alcoolismo provoca desemprego e fechamento de destilarias.
A CPMF é um imposto de alta perversidade porque incide em cascata em todas as fases da economia. É cobrado sucessivamente na produção da matéria-prima, do produto intermediário, do produto final, no transporte, na distribuição e no consumo.
Além disso, é um tributo incestuoso, na medida em que é cobrado tanto a CPMF recolhida anteriormente como sobre os outros impostos pagos pelo consumidor: o IPI, o ICMS, o PIS-Cofins e os demais tributos vão para o preço e a CPMF incide sobre o preço já carregado de impostos.
Porque não existe no resto do mundo, esse tributo tira competitividade do produto brasileiro. A mercadoria exportada sai mais cara porque está sobrecarregada de CPMF e a importada chega aqui sem isso.
Não tem cabimento a afirmação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, de que manter a CPMF é essencial para a eficácia da fiscalização. Nenhum organismo de receita do mundo precisa de um imposto sobre movimentação financeira para farejar sonegação. A Receita Federal tem inúmeros e poderosos instrumentos para combater burlas e descaminhos. É só usá-los, como qualquer país civilizado usa.
O que a Receita quer é moleza, porque a CPMF é imposto fácil de arrecadar. O computador se encarrega de morder as contas bancárias e de repassar o resultado para as contas do Tesouro.
Se ainda assim a Receita precisasse da CPMF para facilitar seu trabalho, a alíquota decididamente não precisaria ser de 0,38%. Alguma coisa como 0,01% seria mais do que suficiente.
A perversidade maior da CPMF está no estrago provocado nas aplicações financeiras e no crédito. Quando os juros eram de 49% ao ano, como foram em 1998, a CPMF de 0,38% parecia indolor. Mas os juros já estão a 11,75% ao ano, devem cair ainda mais e, no entanto, a CPMF continua nos mesmos 0,38%.
Confira: dona Madalena tem R$ 1 mil em conta bancária para aplicar na caderneta de poupança. Na hora da transferência, perde R$ 3,80 em CPMF. No final do mês, a caderneta rendeu R$ 6,00. Ou seja, a CPMF tirou antecipadamente mais da metade do rendimento da caderneta.
E, se aplicar o dinheiro em fundo de investimento, terá de pagar entre CPMF, IOF e Imposto de Renda cerca de 26 dias do rendimento do primeiro mês. Quer dizer, se for para manter uma aplicação por menos de um mês, é melhor que dona Madalena deixe o dinheiro na conta corrente.
Qualquer empresa que precise levantar um empréstimo de curto prazo para cobertura de caixa tende a pagar mais CPMF do que juros.
À medida que os juros caírem e o rendimento ficar mais magro, crescerá o estrago produzido por essa CPMF DE 0,38% QUE O PRESIDENTE Lula e seus acólitos econômicos tanto defendem.
A CPMF é um imposto de alta perversidade porque incide em cascata em todas as fases da economia. É cobrado sucessivamente na produção da matéria-prima, do produto intermediário, do produto final, no transporte, na distribuição e no consumo.
Além disso, é um tributo incestuoso, na medida em que é cobrado tanto a CPMF recolhida anteriormente como sobre os outros impostos pagos pelo consumidor: o IPI, o ICMS, o PIS-Cofins e os demais tributos vão para o preço e a CPMF incide sobre o preço já carregado de impostos.
Porque não existe no resto do mundo, esse tributo tira competitividade do produto brasileiro. A mercadoria exportada sai mais cara porque está sobrecarregada de CPMF e a importada chega aqui sem isso.
Não tem cabimento a afirmação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, de que manter a CPMF é essencial para a eficácia da fiscalização. Nenhum organismo de receita do mundo precisa de um imposto sobre movimentação financeira para farejar sonegação. A Receita Federal tem inúmeros e poderosos instrumentos para combater burlas e descaminhos. É só usá-los, como qualquer país civilizado usa.
O que a Receita quer é moleza, porque a CPMF é imposto fácil de arrecadar. O computador se encarrega de morder as contas bancárias e de repassar o resultado para as contas do Tesouro.
Se ainda assim a Receita precisasse da CPMF para facilitar seu trabalho, a alíquota decididamente não precisaria ser de 0,38%. Alguma coisa como 0,01% seria mais do que suficiente.
A perversidade maior da CPMF está no estrago provocado nas aplicações financeiras e no crédito. Quando os juros eram de 49% ao ano, como foram em 1998, a CPMF de 0,38% parecia indolor. Mas os juros já estão a 11,75% ao ano, devem cair ainda mais e, no entanto, a CPMF continua nos mesmos 0,38%.
Confira: dona Madalena tem R$ 1 mil em conta bancária para aplicar na caderneta de poupança. Na hora da transferência, perde R$ 3,80 em CPMF. No final do mês, a caderneta rendeu R$ 6,00. Ou seja, a CPMF tirou antecipadamente mais da metade do rendimento da caderneta.
E, se aplicar o dinheiro em fundo de investimento, terá de pagar entre CPMF, IOF e Imposto de Renda cerca de 26 dias do rendimento do primeiro mês. Quer dizer, se for para manter uma aplicação por menos de um mês, é melhor que dona Madalena deixe o dinheiro na conta corrente.
Qualquer empresa que precise levantar um empréstimo de curto prazo para cobertura de caixa tende a pagar mais CPMF do que juros.
À medida que os juros caírem e o rendimento ficar mais magro, crescerá o estrago produzido por essa CPMF DE 0,38% QUE O PRESIDENTE Lula e seus acólitos econômicos tanto defendem.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
É FÁCIL SER CANALHA NO BRASIL DE LULA!
Na minha roda de amigos, quando o assunto descamba para política brasileira, tem um que costuma dizer: "Quando não quiseres errar, aposta no pior. O Brasil não te decepcionará". Pois foi isso o que aconteceu na absolvição de Renan Calheiros pelo plenário do Senado. Mais uma vez a política nacional nos deu o de sempre: pilantragem e impunidade. De novo coroada pela força da base governista e do petismo no Congresso, assim como no episódio dos mensaleiros absolvidos no plenário da Câmara Federal. É isso o que a turma de Brasília nos oferece cotidianamente. O país está estarrecido. Mas e daí?A absolvição de velhacos, incapazes de justificar ganhos sem fraude, é regra na capital federal. E na Brasília de Lula, ficou mais fácil ainda. Na sessão fechada desta quarta-feira, Ideli Salvatti (PT-SC) e Aloízio Mercadante (PT-SP) empenharam-se pessoalmente em pedir votos para livrar a pele de Calheiros. Dias antes, o PT havia liberado seus senadores para que votassem como bem entendessem. Semanas atrás, Lula chamou Calheiros de "amigo". A senha da absolvição então, estava dada. E confirmou-se.Mesmo assim, é de estarrecer. Eu fazia alguma idéia do poder e força que, juntos, presidente do Senado e governo federal poderiam ter, mas confesso que até o fim tive esperança de que o bem prevalecesse. Esperança de que a voz da ruas fosse ouvida, ao menos uma vez, numa única tarde pelo Congresso Nacional. Bobagem. Depois que Luis Fernando Veríssimo matou covardemente a Velhinha de Taubaté para não ter que criticar Lula e a roubalheira petista, não há mais espaço para a ingenuidade doentia da personagem assassinada por seu criador.Renan Calheiros tinha as contas da amante - que depois tornou-se mãe de sua filha - pagas por um lobista de uma empreiteira gigante com interesses bilionários junto ao governo. Ele não apenas não conseguiu comprovar renda para pagar as contas como descobriu-se através de perícia que havia fraudado documentos. Enfim, a quebra de decoro parlamentar estava mais do que provada, estava escancarada. O que fez o Senado então? Decidiu varrer tudo para baixo do tapete.Os petistas estão em festa. Lula comemora. A democracia está fragilizada. Talvez não o bastante para os objetivos vis da turma palaciana, mas o suficiente para ouriçar os afoitos que desejam o continuísmo de um dos mais demagógicos e populistas projetos de poder da história.O Brasil de Lula dá, dia após dia, claras demonstrações de que está fadado a ser um enorme bananão, conduzido por canalhas safados de todo o tipo, cujo único fim é o da locupletação própria. Essa gente ainda vai assombrar muito o presente e o futuro do Brasil.Usando o bordão desta figura triste chamada Lula, que virou presidente como punição pelo histórico de incompetência, burrice e desleixo da sociedade brasileira, a conclusão é esta: nunca antes neste país foi tão fácil ser canalha. (Diego Casagrande, jornalista)
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Deu a lógica!!!!!!!




Nesta data (12/09/2007) 40 "senadores" (infelizmente o anonimato esconde os seus nomes) e 6 que ficaram em cima do muro (abstiveram) demonstraram como é evidente a impunidade e a existência de associações mal-intencionadas dentro de nosso Senado. Nada diferente do que está acontecendo em diversos outros segmentos de nosso país.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Como seria bom se fosse verdade

A partir dos resultados da fase final dos pré-julgamentos da quadrilha do mensalão, onde o Supremo Tribunal Federal, de pois de cinco dias e 35 horas de apresentação das denúncias, colocou os 40 acusados na condição de réus, podemos respirar, pelo menos por enquanto.
Que sensação de vitória, ao ver claramente a (des) classificação desses cidadãos, pelos vários crimes que cometeram contra o erário público. Como eu, hoje, os brasileiros tiveram momentos de felicidade e uma vaga esperança de que temos jeito.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e os ministros Marco Aurélio de Melo, César Peluso e Joaquim Barbosa (relator) fizeram com que acreditássemos um pouco na possibilidade da mudança que esse País tanto precisa.
Políticos, banqueiros, empresários, publicitários receberam as denominações que mereciam: membros de quadrilha, diga-se de passagem, todos vinculados ao poder central e ao presidente da República. Ao finalizar a sessão, onde ninguém ficou de fora para se submeter a julgamentos posteriores, veio a palavra do ministro do STF, Marco Aurélio: “Estamos excomungando a impunidade”.
Dita como um ato de retórica ou de efeito, a verdade é que essa palavra impunidade é a questão que mais vem sendo discutida no País, como causa de toda e qualquer corrupção.
A continuidade agora passa para um guerra entre o Ministério Público e os advogados, que irão a debate no tribunal. Acusações e defesas demandarão um novo percurso e horas de trabalho, mas a expectativa do povo brasileiro é que se confirmem as sentenças, porque tudo está mais do que provado.
Sonhamos com a possibilidade de vermos todos os criminosos na cadeia e com perda dos bens conseguidos ilicitamente. Embora sempre reine triunfalmente a condição de mais uma enrolação, enganação e saídas pela tangente de réus poderosos e de bolsos cheios, que tudo compram, esperamos que seja um debate histórico e que nos surpreenda. É chegada a hora de romper esse ciclo. (Fonte: Eunice Tomé – jornal a Tribuna de Santos – 06/09/2007)
Que sensação de vitória, ao ver claramente a (des) classificação desses cidadãos, pelos vários crimes que cometeram contra o erário público. Como eu, hoje, os brasileiros tiveram momentos de felicidade e uma vaga esperança de que temos jeito.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e os ministros Marco Aurélio de Melo, César Peluso e Joaquim Barbosa (relator) fizeram com que acreditássemos um pouco na possibilidade da mudança que esse País tanto precisa.
Políticos, banqueiros, empresários, publicitários receberam as denominações que mereciam: membros de quadrilha, diga-se de passagem, todos vinculados ao poder central e ao presidente da República. Ao finalizar a sessão, onde ninguém ficou de fora para se submeter a julgamentos posteriores, veio a palavra do ministro do STF, Marco Aurélio: “Estamos excomungando a impunidade”.
Dita como um ato de retórica ou de efeito, a verdade é que essa palavra impunidade é a questão que mais vem sendo discutida no País, como causa de toda e qualquer corrupção.
A continuidade agora passa para um guerra entre o Ministério Público e os advogados, que irão a debate no tribunal. Acusações e defesas demandarão um novo percurso e horas de trabalho, mas a expectativa do povo brasileiro é que se confirmem as sentenças, porque tudo está mais do que provado.
Sonhamos com a possibilidade de vermos todos os criminosos na cadeia e com perda dos bens conseguidos ilicitamente. Embora sempre reine triunfalmente a condição de mais uma enrolação, enganação e saídas pela tangente de réus poderosos e de bolsos cheios, que tudo compram, esperamos que seja um debate histórico e que nos surpreenda. É chegada a hora de romper esse ciclo. (Fonte: Eunice Tomé – jornal a Tribuna de Santos – 06/09/2007)
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
O BRASIL E OS CEGOS

O BRASIL vive uma conjuntura inesperada e que causa perplexidade. Fatores até contraditórios parecem conjugar-se, gerando situações ora confusas, ora auspiciosas, ora trágicas, ora reveladoras.
Dir-se-ia que uma misteriosa mão revolveu o tabuleiro de xadrez da conjuntura político-social brasileira, derrubando certas peças, trocando outras de lugar, fazendo com que umas perdessem seu sentido e outras se sentissem confusas e desnorteadas.
Sou obrigado a concordar com o deputado Fernando Gabeira -em cujos antípodas ideológicos me encontro- quando escreveu, há dias, nesta Folha: "Há algo no ar além dos poucos aviões de carreira. É uma sensação de que o governo, diante da crise, deixou de fazer sentido, deixou de dizer coisa com coisa. As pessoas não acreditam ainda no que estão ouvindo" ("A bruxa na cabeça", 28/7, pág. A2).
Por que afinal o governo "deixou de fazer sentido"? E terá sido apenas o governo? Relembro aqui razões pertinentes, já exaustivamente apontadas: a generalizada incompetência; o aparelhamento do Estado pelo PT e partidos aliados; um governo voltado para a autolouvação e a propaganda; a submissão de todos os atos políticos a uma ideologia.
Há, entretanto, a meu ver, uma razão mais profunda que vejo pouco mencionada ou referida sem o devido destaque. Obcecados por uma ideologia utópica, com tintas de fanatismo, Lula, seus colaboradores e conselheiros mais próximos muito falam do povo, mas pouco conhecem dele. O que se nota em suas convicções -melhor diria, em suas crenças- e modos de atuar é um desconhecimento fundamental da índole de nossa gente.
Inúmeros historiadores, sociólogos e analistas de renome se debruçaram e escreveram sobre ela. Sirvo-me aqui das palavras de Plinio Corrêa de Oliveira, um dos pensadores e homens de ação que, a meu ver, com maior acuidade discorreram a respeito dos traços de alma, dos sentimentos, da mentalidade de nosso povo: "O povo brasileiro se destacou desde as origens, por seu caráter ameno, afetivo e cordato. Ademais, habituou-se ele a considerar com otimismo as várias crises econômicas por que tem passado. Ele confia em Deus ("Deus é brasileiro", afirma um velho dito popular). (...) Com "jeitinho" (o "jeitinho" é uma instituição nacional), bonomia e paciência -julga a imensa maioria dos brasileiros- tudo se arranjará. O brasileiro é infenso à ansiedade. Detesta rixas. Cuida pacatamente de si e de sua família e considera com um olhar algum tanto desinteressado e cético a política e os políticos (...). Em comparação com o imenso contingente populacional assim disposto, publicistas, políticos etc. representam uma minoria que por certo faz ruído, pois está nos postos-chaves de onde o ruído se difunde sobre as multidões. Mas essas multidões constituem um povo que pouca atenção dá a tal ruído" ("Sou Católico: Posso Ser contra a Reforma Agrária?", Vera Cruz, 1981, pp. 57, 58).
Talvez por esse motivo a tão simbólica vaia do Maracanã tenha deixado surpreso e desorientado o presidente Lula e desconcertados seus assessores; talvez por esse motivo políticos petistas e aliados se tenham dedicado a exercícios abstratos e especulativos sobre os motivos da vaia em vez de se voltarem para o país profundo, que está mudando de modo irreversível.
A artificial popularidade de Lula, mantida à custa de uma fabulosa máquina de propaganda, regada generosamente a números de pesquisas, tratada com uma cuidadosa ausência de oposição, parece ter se esvaído, de um momento para o outro, como um encantamento que perde sua sedução. O terrível e trágico acidente da TAM, dias depois, teve o condão que, paradoxalmente, têm certas tragédias, de operar um choque salutar nos que arrastavam indolentemente sua insatisfação. Num clarão de dor e de morte, aos olhos de grande parte dos brasileiros se tornaram patentes o descomunal desastre e a imensa tragédia histórica para a qual o chamado lulo-petismo arrasta a nação.
Pela primeira vez, das camadas profundas da sociedade surgem manifestações de inconformidade ativa, de um descontentamento que há muito germinava e só o lulo-petismo parecia não levar em conta, em sua marcha utópica por cima do Brasil.
Afinal, só isso explica as reações absurdas como a tristemente célebre frase da ministra Marta Suplicy; o escárnio da afirmação do ministro Guido Mantega; o sumiço do presidente Lula ante uma tragédia sem nome; os gestos desqualificados de Marco Aurélio Garcia; as piadas presidenciais e as gargalhadas na posse do novo ministro da Defesa. Parecem não saber avaliar o desgaste profundo de seu projeto de poder nas mentalidades. E o desgaste das multidões é um dos fenômenos mais difíceis de ser revertido. Afinal, não se caminha impunemente ao arrepio de um povo, sobretudo quando sobre esse povo pairam os desígnios e a proteção da virgem Aparecida. Mas, para o lulo-petismo, tudo se reduz a uma disputa eleitoral, tudo é golpismo. O pior cego é aquele que não quer ver: e o Brasil está aí, aos olhos de todos... menos dos cegos.
(DOM BERTRAND DE ORLEANS E BRAGANÇA, 66, é tetraneto de dom Pedro 1º. - Folha de São Paulo 30/8/07)
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Corrupção

A charge acima nos mostra que a corrupção está enraizada na sociedade brasileira e que, a superação dessa prática espúria e endêmica depende de nossos próprios posicionamentos.
Não estimule a corrupção, combata as atitudes ilícitas por parte das autoridades públicas, exija a apuração das denúncias e a punição dos responsáveis!
domingo, 2 de setembro de 2007
Malditos impostos

Quatro meses antes do ano de 2007 chegar ao fim e o paulistano já pagou em tributos mais de R$ 13,7 bilhões – de janeiro a agosto de 2007. Há tributos para tudo quanto é lado. É uma salada de letrinhas que incidem sobre cada passo dos cidadãos. A renda é taxada pelo IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a movimentação financeira (provisória???? idealizada até com boa intenção para a saúde mas, a ganância política a destina para outros fins!!!???) a famosa CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o patrimônio pelo IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) e o consumo por uma diversidade de impostos (ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços / ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza / IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados / Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social / etc. etc.).
Para se ter uma idéia, um jovem que tenha o hábito de consumir uma lata de refrigerante por dia, no valor de R$ 0,93 (preço de supermercado), gastará, ao final de um ano, o equivalente a R$ 339,45. Deste valor, nada menos do que R$ 160,60 irão para os cofres do governo para custear a máquina pública.
O economista Marcel Solimeo, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), é taxativo: o Fisco só poderá ser controlado a partir da diminuição dos gastos públicos dos governos. “Enquanto o governo estiver comendo o maior pedaço do bolo, a tendência é que a fome dele aumente. Por isso a sociedade precisa reagir contra o crescimento da carga tributária”.
O especialista em matemática financeira da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), professor Marcos Crivelaro, aponta que a qualidade de vida da população seria melhor com a redução da carga tributária. Ele cita o estudo realizado pelo realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Em um ranking de 15 países, o Brasil é o que mais cobra imposto no setor de alimentos. São 18,35% contra 17,44% da Argentina e 9,75% dos Estados Unidos. Na Inglaterra, Chipre, Irlanda, Hungria e México, a alíquota para alimentos é de zero. “Se reduzíssemos os impostos nos salários e nos alimentos, aumentaríamos as vagas de emprego e o consumo de produtos e serviços, de forma democrática, para toda a população”. (fonte: Jornal do Farol - número 63)
Infelizmente a cúpula governamental aplica mal o dinheiro arrecadado. A única maneira que “ele” aplica “corretamente” é nos conchavos políticos e na criação de novos cargos, somente para benefício próprio e de seu partido.
Chega de tantos impostos. Somente vemos corrupção e aumento de impostos..........
sábado, 1 de setembro de 2007
O verdadeiro animal político

O boi fantasma, que abunda nas terras do senador Calheiros (falando em bois, onde o senador calheiros conseguiu o dinheiro para comprar os que vendeu?);
O boi oposição, que anda com complexo de vaquinha de presépio;
O boi de piranha, carinhosamente apelidado de “capitão Dirceu” ou “nosso Delúbio”, que se sacrifica para que o boi alfa atravesse incólume as águas infestadas; e, por fim,
O boi tá... tá..., que encarna o povo dizendo amém a tudo isso, mesmo ouvindo conversa mole pra boi dormir.
A despeito do fascínio pelo boi, por aqui a vaca não é sagrada, mas na mitologia petista ela representa a Nação, com suas infinitas tetas a alimentar boquinhas insaciáveis, enquanto permanece no brejo, miseravelmente atolada.
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