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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Falamos que..

Falamos que amamos a outra pessoa, porém, a ela dedicamos apenas um amor feito de palavras, deixando nosso coração andar longe dela.
Falamos que amamos nossos pais, porém, quase nunca, depois de velhos e aposentados lhes ouvimos a voz e, tampouco, lhes damos a alegria de sentirem-se úteis. Isso quando não os “sepultamos”, ainda vivos, em qualquer asilo, bem distante de nossos lares.
Falamos que não tiramos a vida de ninguém, porém, “assassinamos” de muitas maneiras, material ou moralmente: com nossa indiferença perante o comércio da droga e da pornografia, com nossa negligência diante da tragédia dos milhões de menores abandonados.
Falamos que não roubamos, porém, o roubo, hoje, virou o segundo esporte nacional, depois do futebol. Esporte proibido, mas, quase nunca punido, pouco faltando para que ele saia da clandestinidade e seja amparado pelas leis. E percebam que também roubamos na hora em que nos recusamos a repartir a riqueza com justiça ou quando nos recusamos a ceder, para o bem geral, aquilo que não é mais de nenhuma utilidade para nós.
Falamos que não fornicamos, porém, continuamos fornicando com o olhar e com o coração, com gestos e até explicitamente, em plena praça pública.
Falamos que evitamos a mentira e a calúnia, porém, ninguém pode calcular o número dos enganados e dos caluniados.
É interessante refletirmos sobre isto para que possamos aperfeiçoar nossa capacidade humana de amor.

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