
"A economia brasileira está vivendo um momento de euforia, e apresenta alguns vistosos indicadores, situação que, segundo a maioria dos analistas, se deve não apenas ao bom trabalho do Governo, baseado em suas políticas conservadoras, como também, em grande parte, ao cenário externo favorável. Entretanto, nem tudo são flores. Relatório do Fórum Econômico Mundial, que acaba de ser divulgado na Europa, e que analisa a economia interna de 131 países nos cinco continentes, mostra que o Brasil, em termos de competitividade – ou seja, de concorrência com outras nações em comércio exterior, produção, infra-estrutura e capacidade de absorção de investimentos, entre outros itens -, perdeu posições no ranking global, de 2006 para este ano. Ocupava o 66º. Lugar, no meio da lista, embora longe de significar uma colocação elogiável, mas recuou para o 72º. posto. Passou para o bloco inferior, o dos países atrasados. Está abaixo dos demais emergentes, como a China, a Rússia e a Índia. Na América Latina, é superado por Chile e México.
As causas desses problemas são bastante conhecidas. O complicador é que não são combatidas com a obstinação e a competência exigidas. Elas começam com a carga de impostos excessivas, das mais pesadas do planeta, e continuam com os juros altos, o emaranhado da burocracia estatal,os gargalos logísticos nos mais diversos setores, o deficiente sistema educacional que não concorre para a elevação do nível da mão-de-obra, a corrupção em repartições governamentais, e por aí afora. São falhas graves, todas elas, que, em sua somatória, outro efeito não provocam se não o de desestimular novos investimentos produtivos no País, principalmente os de origem estrangeira. É verdade. Observe-se que, apesar de tantos obstáculos, o Brasil não está parado. A economia se expande. O crescimento, porém, não se dá em escala compatível com as extraordinárias potencialidades nacionais, estas, sim, entre as maiores do mundo. Com raras exceções, os avanços são discretos. É isso que perpetua a nossa pobreza, o nosso subdesenvolvimento, e retarda indefinidamente o processo de redução das nossas agudas diferenças sociais.
Enquanto a administração federal estiver focada em objetivos pontuais e isolados, esse quadro certamente não mudará. Ele resulta da falta de uma visão estratégica de conjunto, assim como do predomínio de um viés varejista que inibe qualquer ação transformadora de largo alcance. É uma questão de mentalidade errada, aliada ainda a uma prática política arraigadamente fisiológica. Tudo isto é o que nos mantém na rabeira, enquanto os outros países vão em frente. Não há surpresa. Trata-se tão-somente de uma realidade inescapável para quem não se preparou direito para competir, num mundo de disputas cada vez mais árduas. Nele, como nas selvas, vencem os fortes."
As causas desses problemas são bastante conhecidas. O complicador é que não são combatidas com a obstinação e a competência exigidas. Elas começam com a carga de impostos excessivas, das mais pesadas do planeta, e continuam com os juros altos, o emaranhado da burocracia estatal,os gargalos logísticos nos mais diversos setores, o deficiente sistema educacional que não concorre para a elevação do nível da mão-de-obra, a corrupção em repartições governamentais, e por aí afora. São falhas graves, todas elas, que, em sua somatória, outro efeito não provocam se não o de desestimular novos investimentos produtivos no País, principalmente os de origem estrangeira. É verdade. Observe-se que, apesar de tantos obstáculos, o Brasil não está parado. A economia se expande. O crescimento, porém, não se dá em escala compatível com as extraordinárias potencialidades nacionais, estas, sim, entre as maiores do mundo. Com raras exceções, os avanços são discretos. É isso que perpetua a nossa pobreza, o nosso subdesenvolvimento, e retarda indefinidamente o processo de redução das nossas agudas diferenças sociais.
Enquanto a administração federal estiver focada em objetivos pontuais e isolados, esse quadro certamente não mudará. Ele resulta da falta de uma visão estratégica de conjunto, assim como do predomínio de um viés varejista que inibe qualquer ação transformadora de largo alcance. É uma questão de mentalidade errada, aliada ainda a uma prática política arraigadamente fisiológica. Tudo isto é o que nos mantém na rabeira, enquanto os outros países vão em frente. Não há surpresa. Trata-se tão-somente de uma realidade inescapável para quem não se preparou direito para competir, num mundo de disputas cada vez mais árduas. Nele, como nas selvas, vencem os fortes."
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