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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Meu País (Divaldo Alves)

Um país onde as leis são descartáveis por ausência de códigos corretos, com milhões de analfabetos e multidão maior de miseráveis.
Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz, mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis e o respaldo de um estímulo incomum, pode ser o país de qualquer um, mas não é, com certeza, o Meu País.
Um país que os seus índios discrimina, e a ciência e a arte não respeita, um país que ainda morre de maleita por atraso geral da medicina, um país onde a escola não ensina e o hospital não dispõe de raio-x, onde o povo da vila só é feliz quando tem água de chuva e luz de sol, pode ser o país do futebol, mas não é, com certeza, o Meu País.
Um país que é doente, não se cura, quer ficar sempre no terceiro mundo.
Que do poço fatal chegou ao fundo, sem saber emergir da noite escura.
Um país que perdeu a compostura, atendendo a políticos sutis, que dividem o Brasil em mil "Brasis", para melhor assaltar de ponta-a-ponta, pode ser um país de faz-de-conta, mas não é, com certeza, o Meu País.
Um país que perdeu a identidade, sepultou o idioma portuguêsaprendeu a falar pornô e inglês, aderindo à global vulgaridade.
Um país que não tem capacidade de saber o que pensa e o que diz.
E não sabe curar a cicatriz desse povo tão bom que vive mal,pode ser o país do carnaval, mas não, é com certeza, o Meu País.

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