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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dia do sexo


Um dia, em uma sala de espera de uma empresa, estava folheando uma revista nacional de grande circulação quando vi um anúncio de uma clínica especializada em tratamento de problemas como a disfunção erétil e a ejaculação precoce. Discreto, mas eficiente, o anúncio tinha o sugestivo título de “Sexo é vida”, e oferecia diagnóstico especializado, tratamentos personalizados e salas de espera individuais, de maneira a atrair clientes que receiam expor seus problemas sexuais e o que fiquei surpreso é que o anúncio, também informava que o dia 6 de setembro é o “dia do sexo”.
Setembro é um mês especial, mesmo. Constatei isso não só porque assinala, aqui no hemisfério sul, a chegada da primavera, com suas flores, alegrias e um pouco de calor. Descobri que, além do dia do sexo (no dia 6), é comemorado o “dia do amante” no dia 22, data estendida a toda semana, dedicada, portanto, a ele (ou ela, é claro).
É evidente que essas datas são criadas pelo marketing e pela propaganda. Com todo respeito, não escapam a essa regra nem os famosos Dia dos Pais e Dia das Mães, quando o comércio vende como nunca. E mesmo festas religiosas importantes como a Páscoa ou o Natal tornam-se momentos para compras desenfreadas, seja de ovos de chocolate ou presentes para parentes e amigos.
Mas não resisti a pensar na atenção ao sexo (e aos amantes). O tema é recorrente hoje, na mídia: não há dia em que ele não seja abordado. Alguns dirão que foi banalizado, reduzido a mercadoria. Talvez seja verdade, mas não há como deixar de registrar que sexo é natural e intrínseco à natureza humana. Infelizmente, durante séculos, ele foi varrido para debaixo do tapete (sem, contudo, jamais deixar de mostrar a sua força e vigor), transformado em algo pecaminoso e vergonhoso.
Algo tão normal – e gostoso – foi e é motivo para tantos problemas, traumas, vícios. Desde o século XIX, o romantismo trouxe para a cena a importância do amor como fundamental para a vida, e, assim, apaixonar-se passou a ser a aspiração máxima de todos, especialmente das mulheres. No entanto, construiu-se a moral baseada no repúdio ao sexo. Aos homens, a tolerância do sexo casual com prostitutas; às mulheres a renúncia ao prazer.
A revolução sexual dos anos 60 mudou bastante esse quadro. Mas creio que ainda não temos uma postura aberta e franca em relação ao assunto. Ele ainda é tabu em muitos ambientes, e continua provocando crises e frustrações. Talvez ainda vá demorar que passemos a encarar sexo como normal e natural, necessário à vida.
E os amantes? Prefiro não encarar a questão como a relação extraconjugal, escondida, proibida. Acho melhor usar a palavra para representar duas pessoas que estão atraídas uma pela outra, que se amam, que se gostam, e que decidem viver esses momentos sem pressões ou culpas. O ser humano foi feito para amar durante todos os dias de sua vida. E sexo é a manifestação mais perfeita do amor.
(baseado em texto de Alcindo Gonçalves)

Um comentário:

Tatiane http://www.tatianemazala.zip.net disse...

Olá olho vivo, como vc está?

Sobre o post:

È verdade...
Interessante - e os dois fazem realmente um co-relação.

E o sexo, realmente a história mostra..Por isso que ainda é um tabu, eu sou uma pessoa que não gosto muito de falar sobre isso. (Mas porque sou reservada).

E sobre os dias do Amante, tbm acredito que seja um dia destinado as pessoas que se amam.


abraços,
Fique com Deus.
Tatiane
http://tatianemazala.zip.net