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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mudança de atitude

Em Mateus 9:13 uma importante palavra foi omitida do final:
Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas os pecadores a uma mudança de atitude
Apenas a retirada da palavrinha "mudança de atitude" muda todo o sentido da missão de Cristo, porque ele não veio para perdoar nossos pecados, e sim nos ensinar a fazer o certo.

Não veio nos dar peixe, mas nos ensinar a pescar.
Até hoje as pessoas ficam tentando converter as outras com "Aceite Cristo para se livrar dos pecados", "Alcance a salvação!"
Isso é ridículo!
Exemplo de uma mentalidade infantil e da crença na lei do menor esforço. Resquício da igreja feudal, que lhe garantia a absolvição por meio de práticas abusivas em que você era submisso ao poder da igreja, em troca da garantia de ter seus pecados perdoados. Discurso esse muito usado hoje pelas Igrejas Evangélicas...
Outro absurdo é a "salvação".
Salvação de que?
Do inferno?
Do pecado original?
Se for salvação da ignorância que nos coloca como indivíduos, separados um do outro, até aceito, mas o que se vê são as pessoas vendendo a idéia de "filie-se ao meu clube/seita/culto/igreja/ordem para obter a verdade e ser salvo, porque se você não está comigo, está com o capeta/trevas/ignorância".
Pague e seja salvo...
Verdade (
Emet) é uma palavra que possui a primeira letra, a do meio e a última do alfabeto hebraico. Daí que, quando Jesus se define como o caminho, a verdade e a vida, podemos interpretar a palavra no sentido de ser O princípio, o meio e o fim (qualquer semelhança com Krishna pode não ser mera coincidência).

terça-feira, 29 de abril de 2008

A maldade

Depois que vieram a público as atrocidades cometidas pela besta sádica de Goiânia contra diversas crianças e antes do assassinato da pequenina Isabela, um amigo baiano, muito querido, pai e cidadão, perguntou-me se não iria comentar nada e como andavam os ânimos por aqui diante daquele fato.
Confesso que não tenho ânimo para tal tarefa nem minha alma consegue se debruçar sobre esse assunto. Sinto-me constrangida, envergonhada e temerosa diante da presença do mal individualizado. Creio também que não estou sozinha neste constrangimento. É mais fácil lidar com números, estatísticas que com seres humanos, principalmente crianças violentadas, abusadas, assassinadas e suas famílias, cuja dor imensurável, esperamos não sentir nunca.

Se, por um lado, é fácil pensar nas estatísticas, por outro, elas indicam a maldade muito mais grave de determinados grupos que, além de vitimar mais de uma ou dez ou cem crianças, indicam o profundo desinteresse por qualquer situação que não esteja relacionado ao bem estar deles mesmos.

Exemplos não faltam e seria monótono repeti-los, apesar de ser necessário: sanguessugas (mais de 100 milhões de reais), mensalão, dossiês, cartões corporativos, inaugurações falsas, seis anos de comícios, palanques, turismo presidencial pelo planeta, primeira-dama, primeiro filho, primeira-filha, luxos de new rich, compra de políticos venais no congresso, criação de ministérios inúteis para abrigar incompetentes, financiamento dos criminosos do MST, criação de mais de vinte mil cargos para acomodar vassalos políticos, pagamento de indenizações e pensões para supostos perseguidos políticos (quase a metade do que foi pago às reais vítimas do holocausto nazista, conforme o último número da VEJA) e uma lista cansativa de etc.

Se se conseguir chegar ao montante dos recursos públicos desviados para tudo isso, temos que pensar em quem realmente encarna a maldade neste país e nos milhões de vítimas desta ação ignominiosa e milimetricamente planejada.

Se se pensar nos objetivos de tal prática, é possível chegar rapidamente à resposta. Trata-se de garantia prévia, caução do lulo-petismo para a perpetuação de Luiz Inácio da Silva no poder, à custa do erário, do sofrimento nas filas do SUS (círculo profundo do inferno), da educação, da ética, da justiça, de qualquer moral e com o beneplácito daqueles que se venderam e se vendem ou mesmo se dão de graça (de olho no futuro).

Então, pergunto: se o mal tem alguma medida, qual é a diferença entre aqueles que desviam para si o dinheiro público, condenando milhões de pessoas ao desemprego, à violência, à dor, à humilhação e à desesperança e os monstros que violentam e assassinam crianças?

A propósito, meu medo diante do mal institucionalizado é muito maior.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Política

“Para a maioria dos eleitores, a política é algo ausente do seu cotidiano. Eles vivem o dia-a-dia e ponto. Parece que a política não lhes diz respeito. Até torcem o nariz quando alguém fala deste assunto. Mas estas mesmas pessoas aparentemente indiferentes muitas vezes surpreendem. É interessante, por exemplo, como na década de 1980, milhares foram às ruas e praças públicas reivindicando democracia e liberdades políticas.
Hoje, prevalece a indiferença e apatia. Será que os indivíduos concluíram que a democratização da sociedade não mudou essencialmente as suas vidas? Como bem compreendeu Tomasi di Lampedusa, em sua obra prima Il Gattopardo: “Se queremos que tudo fique como está é preciso que tudo mude”.
A performance dos políticos nos últimos anos fortaleceu o preconceito contra a política. Cada vez mais, esta é vista como algo por natureza imoral e antiética, relacionada ao egoísmo e aos privilégios.
Não é novidade que os políticos há muito padecem da rejeição popular. O mesmo se pode afirmar quanto às instituições políticas. Aliás, diga-se de passagem, e talvez em favor dos políticos tupiniquins, isto não se restringe ao Brasil. Em todo lugar, os políticos 'gozam' da antipatia e descrédito dos eleitores. A música de Cosme Diniz e Rosemberg, cantada por Bezerra da Silva, sintetiza este sentimento:
"Para tirar o Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o Saci cruzar as pernas."
A letra ironiza os políticos e os responsabilizam pelas desgraças. Ironia à parte, os poetas populares apenas expressam o que o senso comum pensa sobre a política. Mesmo com o voto obrigatório, muitos nem comparecem às urnas e aumenta a soma dos votos nulos e brancos. Ainda que consideremos apenas os que votam, vemos que a maioria dos eleitores 'desligam-se' da política quase que simultaneamente à declaração dos resultados oficiais.
O eleitor comum tem razões justificáveis para negar a política. A própria atuação dos políticos contribui para a sua execração. Aliás, observe quem financiou suas campanhas eleitorais. Será que eles realmente defendem o bem comum? Ou, prioritariamente, eles defenderão interesses próprios e dos grupos econômicos que os financiam? Isso sem contar os casos onde os representantes diretos destes grupos se elegem com um discurso em favor do povo. Sempre o povo! Qual o maior interesse dos políticos em geral? Se reeleger...
Assim, não é estranho que as pessoas identifiquem política com a prática política da maioria dos políticos, ou seja, politicagem. Esta palavra, no bom Aurélio, significa: “política mesquinha, estreita, de interesses pessoais”; “o conjunto dos políticos pouco escrupulosos, desonestos”.
Mas, como dizem os bons cristãos, é preciso separar o joio do trigo. Não sejamos incrédulos a ponto de negar as exceções. Mesmo assim, a tarefa é difícil! Principalmente quando aqueles que se caracterizavam pela diferenciação, por inspirar confiança e esperança em seus eleitores, são 'domesticados' e jogam o mesmo jogo. É bom ter claro que em política a retórica está ao alcance de todos.
Não por acaso, a política tornou-se uma atividade profissional, um meio de ascensão econômica e social. São muitos os que aprenderam a viver exclusivamente da política. O que era um meio transformou-se no fim.
É sobretudo nos partidos que se faz política. A política passou a ter um sentido restrito, a significar simplesmente a política partidária e, portanto, a mera atividade dos políticos. Daí sua conotação negativa. De fato, a política partidária pode até ser necessária e importante, mas é somente um dos seus aspectos da atividade política em seu sentido amplo. (Antonio Ozaí da Silva)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Lei da semeadura


"Ziguezagueando" entre os canais de TV, deparei-me com um certo "apóstolo" em mais um de seus programas sobre bençãos e milagres e afins.
Querendo justificar que o Evangelho de Cristo é um evangelho de prosperidade, ele leu a passagem de Gálatas 6 sobre a lei da semeadura.
Já ouvi diversas vezes alguém pregar sobre a lei da semeadura. É claro que sempre com o final apontando para a prosperidade. De carnês a contribuições “sacrificiais” sempre deixa-se claro que no final, pode-se “exigir” que Deus cumpra o que está na sua Palavra: “também colherá“.
É claro que a lei da semeadura tem o lado de receber a benção do Senhor, mas como uma dádiva, não como um fim em si ou como se fosse uma “aplicação a curto prazo“. Já ouvi certa pregadora dizer que não se deve dar o dízimo do que se ganha, mas do que se deseja ganhar. Outro afirma que ofertar por amor é coisa de trouxa.
Vamos analisar o texto em apreço e extrair dele o real sentido da lei da semeadura:
Gálatas 6:7-10
” Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé. “
1) Sim, é verdade, o que o homem semear, também colherá. Se for amor, amor. Se for o bem, bem. Se for dinheiro, dinheiro (mas descompromissado com o retorno).
2) O que semeia na carne, colherá corrupção. Aqui vemos claramente que semear na carne, tanto pode se referir ao pecado quanto a ofertar com o único interesse de se receber em dobro, triplo ou cem vezes tanto. Aquele que semeia com segundas intenções está semeando na carne e colherá apenas corrupção.
3) O que semeia no espírito, colherá a vida eterna. Gloriosa promessa para aqueles que semeiam sem segundas intenções, pois a principal intenção é que a obra de Deus tenha recursos para alcançar as almas perdidas.
4) Os que semeiam “o bem” sem se cansar, também ceifarão. Não necessariamente “dinheiro”. Quantos pregadores já falaram da lei da semeadura pela perspectiva do serviço cristão e do amor ao próximo?
5) Fazer o bem a todos e principalmente aos domésticos da fé. Como é difícil em algumas igrejas os irmãos necessitados serem supridos em suas necessidades, principalmente pela “casa do tesouro“.
Analisemos agora dois textos dos evangelhos:
Mateus 19:28-29
” E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. “
Marcos 10:28-30
” E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna. “
Amados, aqui temos a promessa do próprio Senhor Jesus de receber cem vezes tanto nesta vida e por fim a vida eterna. Mas em nenhum momento vejo-o referindo-se a dinheiro e sim a deixar tudo por amor a ele. Esse deixar tudo refere-se a rendição ao Senhor, ao serviço do Senhor, a sofrer pelo Senhor (perseguições).
Vemos nestes textos que os discípulos esperavam alguma compensação pelo fato de terem deixado tudo (tudo?) para seguir a Jesus. Mas a verdadeira recompensa vai muito além de “cem vezes tanto“. A verdadeira e duradoura recompensa é a vida eterna. Muitos tem esquecido da mesma, querendo viver no paraíso aqui na terra.
Quando você for semear, semeie no espírito, semeie no amor, semeia no serviço. E semeie suas ofertas e dízimos para manter a obra de Deus, sem esperar receber em dobro, e não se preocupe se chamarem você de trouxa, pois para Deus você é um filho amado.
Soli Deo Glória

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Voz do Povo (de Deus, Não) é a Voz de Deus

Uma reflexão sobre politicagem, acordos de bastidores, falta de amor, soberba, arrogância, inveja, desmandos e tantas outras coisas que depreciam o sentido real de ser cristão. E muitas vezes vemos isso bem pertinho de nós.
Pergunto: Se ser cristão é ser “seguidor de Cristo”, talvez Cristo esteja a perguntar nas entrelinhas:
“Vocês realmente acham que estão me seguindo? Lembrem-se do que já vos tenho dito. Naquele dia muitos me chamarão de Senhor e apresentarão obras grandiosas, mas Eu os rejeitarei, pois jamais os conheci e muito menos eles a mim”.
Vivemos dias que em que é mais importante a “posição de liderança” do que “servir o reino”. Muitos estão ludibriados com o poder temporal, como vemos no caso de Diotéfres (3 Jo v9-10), e deixam de ser exemplos de servos de Deus como Gaio e Demétrio (3 Jo v5, 11).
A política tem entrado na igreja, não como uma via da Igreja agir nas esferas legislativas, mas como forma de poder, e muitas vezes esse poder é usado de formas ilícitas, haja vista os escândalos da chamada “bancada evangélica” do Congresso Nacional. Em época de eleições somos visitados por nossos “irmãos candidatos”, que tomam posse do púlpito para falar de seus projetos, projetos estes, que depois não se concretizam quando os mesmos são elegidos.
Claro que há os que realmente são comprometidos com o reino de Deus, e que lutam de forma a entregar à comunidade (e não exclusivamente aos domésticos da fé) o cumprimento das obrigações de governo.
Saindo da área da política, voltamos ainda ao exemplo de Diotréfes, ao qual o apóstolo João acusa de gostar de exercer a primazia, ou seja, gostava de mandar, de ser o chefe.
Não há muita diferença entre Diotréfes e os déspotas que hoje se assenhoreiam de igrejas, departamentos e mandam, desmandam e ainda castigam os que de bom grado são servos do reino. Acordos são feitos nos bastidores, mentiras são propagadas como verdades e o povo é enganado. Pelo menos os mais simples, pois muitos estão de olho, em cada passo dado por estes “cristãos de meia pataca” e chegará o dia que tudo o que estiver encoberto será revelado.
Some-se a isso a soberba, a arrogância, a falta de amor, a inveja e todos os adjetivos pejorativos tão magistralmente praticados por estas pessoas.
Disse-nos Jesus
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lc 9:23
“Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.” Jo 12:26
Se o filho do homem veio para servir e não para ser servido, como os cristãos (se é que são) podem dizer-se seguidores de Cristo e não praticarem as mesmas obras que Ele?
Não bastasse a decepção com as tantas esferas de nosso mundo, estamos nos decepcionando cada vez mais com a igreja, não a igreja invisível e eterna, mas com a igreja instituição, de quatro paredes e teto.
Hoje, muitos cristãos deixaram de ser luz do mundo e sal da terra para ser lâmpadas postas debaixo da cama e sal insípido.
Fica aqui a frase, muito oportuna, de Charles Spurgeon:
“Se não tivermos o Espírito de Deus, será melhor que fechemos as igrejas, que aferrolhemos suas portas e preguemos nelas cruzes negras com os dizeres: Que Deus tenha misericórdia de nós!”
Estamos de olho !!
Soli Deo Glória !!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tetas


sábado, 19 de abril de 2008

Propina


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mortalidade política


Dilma Rousseff encolheu. Sua candidatura presidencial durou menos de duas semanas. Foi logo ceifada pelo bando de José Dirceu. Ou pelo bando de Marta Suplicy. Ou por seu próprio bando.
Fala-se muito sobre a popularidade de Lula. É espantoso que o eleitorado ainda o apóie desse jeito. Mas ninguém contabiliza o ganho que isso pode representar para o futuro.
Para proteger a imagem de Lula, todas as maiores figuras do PT foram sacrificadas. E as menores também. Pendurem na parede uma fotografia do primeiro ministério lulista, de 2003. A mortalidade entre seus membros foi maior do que a do politburo de Stalin. A velha-guarda petista sumiu do cenário político. Agora só pode agir às escondidas, nos bastidores. De José Dirceu a Humberto Costa, de Luiz Gushiken a Miguel Rossetto, de Antonio Palocci a – José Fritsch.
Lula é o Ricardo III de Garanhuns. Só falta a corcunda. E o pé manco. Nos últimos seis anos, para conseguir manter-se no poder, ele se desfez de fosse quem fosse. Os herdeiros do trono foram degolados um a um, sem o menor remorso, sem a menor piedade. Lula tem até aquele ar insolente de Ricardo III. Seu mote shakespeariano: Consciência é apenas uma palavra que os covardes usam.
A inescrupulosidade de Ricardo III foi premiada por algum tempo, garantindo-lhe o poder absoluto.Mas tudo se perdeu depois de sua morte. Ele foi o último rei da casa de York. Assim como Lula será o primeiro e último presidente eleito pelo PT.
O aniquilamento que ocorreu na política se estendeu também às outras áreas. O lulismo se tornou um estigma. Quem se associou a Lula está condenado para sempre. Os lulistas do cinema, os lulistas da música, os lulistas da academia, os lulistas da imprensa – o engulho que a gente sente por eles jamais poderá passar. Lula canibalizou todos os seus aliados, em particular os do PT. Ele é a bolha que engole o que está por perto. Os lulistas ganharam um bocado de dinheiro nestes anos. Uns se transformaram em lobistas. Outros receberam financiamento estatal ou renegociaram suas dívidas com o BNDES. Mas um dia isso passa. Porque a imunidade que os brasileiros concederam a Lula é limitada a ele. Só a ele.
Se o Ricardo III shakespeariano é elaborado demais para Lula, ele pode recorrer a outro mote, ligeiramente menos refinado: É Creu! É Creu neles! É Creu nelas!
Olhe a fotografia pendurada na parede. Olhe aquele ministro. Olhe aquele outro. Repito: um dia isso passa, garanto que passa. (Baseado em texto de Diogo Mainardi)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Se correr o bicho pega, se ficar...

“A militância petista tem feito acusações de terem de fonte segura, informações de corrupção ocorrida no governo de FHC, que só eles sabem.Interessante notar que no meio de toda essa crise que vive o país, eles não tenham nos dado de onde vêm essas informações, quais são e as provas para as acusações.
Mas cabe lembrar que esses boatos já existiam na época das últimas eleições e que Lula/PT fizeram a campanha eleitoral justamente em cima disso, prometendo acabar com a corrupção no país, o slogan da campanha de Lula era esse. “Acabar com a corrupção e melhorar a vida do povo”.
Contudo eleito, Lula/PT não apuraram nenhum esquema de corrupção no governo FHC, ninguém foi denunciado, se havia esquema de corrupção não foi desmontado, ninguém foi punido, tudo ficou como era.
A verdade que está clara, hoje, para todos os brasileiros é que, se havia corrupção no governo anterior, Lula/PT simplesmente resolveram manter esses esquemas e ampliá-los, montando assim, o maior esquema mafioso já existente nos fundos de pensões, nas estatais, na compra de parlamentares, na negociação de ministérios, no enriquecimento ilícito dos membros do partido, no desvio de dinheiro público através de empresas ligadas ao partido, Ong’s e no envio de dinheiro ilegalmente para o exterior, etc.
O governo Lula/PT não pode apelar para boatos para se justificar, os argumentos e boatos da sua militância, só serviam enquanto o PT era oposição, o PT governo é responsável pela corrupção no governo FHC, caso ela já houvesse; porque não denunciou e não terminou com ela, é culpado também pela corrupção que implantou.
Qual será o slogan do PT para campanha das próximas eleições?”

domingo, 13 de abril de 2008

No fogo


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Nada gruda em Lula


A notícia, talvez do ano, é a renúncia de Fidel Castro ao comando de Cuba. Esse episódio marcante, porém, me leva a unir fatos e a chegar à conclusão de que nada entendemos de política. Explico: Fidel ficou quase 50 anos no poder e, em sua carta de despedida, citou o genial brasileiro Oscar Niemeyer, outro comunista histórico, afirmando que ambos, na esquina do século de vida, pensam da mesma forma: é preciso ser conseqüente até o final.
E por que digo nada entendemos de política? Porque, aqui na Terra de Santa Cruz, somos governados por um cidadão que se diz uma “metamorfose ambulante”, como na música de Raul Seixas, e que hoje é a estrela mais brilhante de nossa política, uma paixão nacional, com a aprovação de mais de 66% (???) da população. Isso no sexto ano de mandato, tendo passado por escândalos e desmandos os mais diversos. Pior (ou melhor): Lula foi eleito e reeleito sem manipulação de assembléias dirigidas, pelo voto direto, universal, com direito a primeiro e segundo turnos, campanha na rua e debaixo de muito preconceito. É um fenômeno. Vivemos uma democracia real.
Fidel, sem dúvida, é ídolo em seu país, um mito, como diz o próprio Lula. Mas à custa de muito sufoco da população. É bem verdade que o comandante driblou o destino de seu país: o que seria um grande cassino e uma toca da máfia virou um país de verdade, se impôs. Isso não tira a mancha de país sem liberdade, que não respeita opiniões contrárias, que cala a imprensa e o direito de associação. Mas Fidel sem dúvida deu dignidade a Cuba. E saúde e educação.
Tudo isso, sendo conseqüente, Lula, a metamorfose, tem Fidel como parâmetro. Foi a Cuba duas vezes, depois de eleito, e também cultua o mito. Mas, como boa metamorfose, usa métodos heterodoxos de governar, muito diferente de quando fazia política sindical, ou oposição aos governos – dos militares a Fernando Henrique. Ele mesmo diz que ser oposição é uma “desgraceira”, porque é obrigado a bater no Governo, por bem ou por mal. Tem sempre de procurar um motivo para crítica.
Tem sentido na pele as bravatas que perpetuou. Mas nada gruda em Lula. Como se todos os males do País fossem culpa de quem não governa, apenas critica. Ele nada tem a ver com o desmatamento da Amazônia, com o caos aéreo (que persiste), com a péssima conduta de assessores mais fiéis), com a falta completa de competência para fazer reformas, com a falta de ética que invade o País, com o fisiologismo descarado, e por aí vai.
Agora, sua tropa de choque age da mesma forma, repete o mesmo refrão dos velhos adversários e trava qualquer entendimento político mencionando normas de regimento, para compor a CPI dos Cartões Corporativos. Pior (pior mesmo): a tropa está preparou dossiê sobre o governo Fernando Henrique para contrapor os ataques da oposição, na revanche mais medíocre que se pode imaginar. Isso é política com “p” minúsculo. Uma comparação que rebaixa a prática política a mera desforra incabível.
Mas nada grudará em Lula. E é por isso que, cada vez mais, fica difícil encontrar na seara do PT alguém que o substitua, que possa fazer frente aos adversários. A não ser que ele, uma vez mais, promova um milagre e consiga transferir votos para um “poste” qualquer - o que nunca aconteceu na política brasileira. Lembremos que aprovação de 66,8% de Lula é dele. O governo tem 53%. E não há qualquer nome que possa ocupar seu lugar ao sol.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Abordagem policial


Em várias oportunidades tenho presenciado abordagens policiais, aleatórias ou focadas em atitudes suspeitas. E, em todas elas, observa-se um padrão de procedência.
Em sua grande maioria, os abordados demonstram respeito e obediência às ordens emitidas pelo policial, que ao final, em nada sendo constatado, há o agradecimento de ambas as partes. Devemos ter em mente, e como lição, que ao final da abordagem, ou se prende um infrator ou se ganha um amigo. Infelizmente, ninguém traz escrito na testa seu grau de civilidade de bom cidadão, ou de infrator.
Portanto, não se pode ficar constrangido e desobediente à ação policial.
Acredito que, quem se revolta com a abordagem, não está agindo com civilidade, consciência e respeito ou tem alguma culpa no cartório. A sociedade colaborando sempre prevalecerá o bem vencendo o mal.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sinto vergonha de mim

Sinto vergonha de mim, de Cleyde Canton e Rui Barbosa declamado por Rolando Boldrin no programa sr. Brasil da TV Cultura.
Só se espera que o presidente da república não mande a TV Cultura fazer com o Boldrin, a mesma coisa que fizeram com a Salete Lemos e a Record com o Boris Casoy.

O mínimo a se fazer é clicar no endereço abaixo, escutar e pensar a respeito...
http://www.rolandoboldrin.com.br:80/video/

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Brasil que é negado (Adeildo Vila Nova)


O Brasil é composto por, aproximadamente, 180 milhões de brasileiros. Deste total, quase metade é composta por negros. Mas isso não se reflete quando falamos em acesso a bens e serviços, a universidades entre outros.
Por quase quatro séculos, os negros foram submetidos ao trabalho escravo e tratados como mercadoria, além de serem considerados uma raça inferior. Sem direito, sequer, de exercer a sua própria religião. Todo este contexto criou uma imagem e alguns preconceitos contra o negro, que ele só serve para o trabalho pesado, não lhe dando a oportunidade para sua promoção e ascenção social e cultural. Além disso, negam toda a contribuição trazida da África para a formação da nossa sociedade como nas áreas de literatura, culinária, artes e cultura em geral.
A perpetuação desses valores morais e sociais sobre o negro durante todo o período da escravidão, bem como a negação da sua contribuição para a formação da sociedade brasileira, fez com que os negros sejam excluídos de várias maneiras. Através das piadas pejorativas, na hora de uma seleção para uma vaga no mercado de trabalho e dos ciclos de amizade. Estas são algumas formas de manifestação do racismo e do preconceito. Até mesmo na educação, o negro é pouquíssimo representado. São apenas 2,5% nas universidades, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta pouca representação é resultado da grande evasão escolar dos negros nos anos iniciais de seus estudos. Por conta da condição social em que se encontram, já que, entre os pobres, o negro é a maioria absoluta. Além, é claro, da péssima qualidade de ensino público brasileiro.
Portanto, torna-se urgente a aplicação efetiva das políticas públicas de ações afirmativas no Brasil para que possamos minimizar as condições de desigualdade e exclusão, às quais os negros estão submetidos. Sabemos que estas políticas não resolverão todas as questões, mas já é um começo para pensar nestas situações de inferioridade social, cultural e educacional.
Não podemos mais esperar e ficar olhando passivamente para esta realidade. Temos que ter um Brasil com oportunidades iguais para todos, brancos e negros. Onde possamos viver em harmonia com o semelhante, não importando a cor da sua pele.

sábado, 5 de abril de 2008

Melô do Congresso

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Guerrilha no Brasil?


Já não falta mais nada! A conclusão é claríssima e indiscutível. Temos guerrilha em nosso País. Há poucos dias autoridades garantiam que isso não acontecia. Vamos ver se agora o Presidente da Venezuela, Hugo Chaves não vai pedir, para essa guerrilha também, o estado de beligerância e não de um movimento em insurreição. Os guerrilheiros foram treinados pelas FARC. Parece que no governo ninguém fala, ninguém viu - como de costume. Só que, segundo a reportagem, essa guerrilha já existe há 8 anos. Se prestarmos atenção nos métodos de atuação, eles se assemelham à Via Campesina e ao MST. Agora pense: o que será do Brasil se os assentamentos e acampamentos do MST e os quilombolas - que estão ganhando terras às custas da expropriação injusta de proprietários particulares - todos estrategicamente instalados, forem usados para levantar uma insurreição de proporções nacionais? Não poderiam ser armados pelo Presidente Chávez, financiados pelo narcotráfico, treinados pelas FARCs? E ainda usarão, com certeza, mulheres e crianças como escudo, no melhor estilo Via Campesina. Estarão espalhando o terror como fazem esses guerrilheiros!

Estaremos delirando ou estamos diante de uma hipótese da tentativa de tomada do poder pela utopia socialista? Agindo na surdina, secreta, dissimulada, mas agilmente atuante? Leia, pense e julgue o leitor se estamos sonhando. Que isso não se transforme em pesadelo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dividendos eleitorais

Principal programa de assistência social do governo Lula, o bolsa-família, desde o mês de março/2008, irá contemplar também os jovens de 16 e 17 anos de idade, que passarão a ganhar, cada um deles, R$ 30,00 mensais. Pode parecer pouco, mas em regiões carentes, onde a renda é irrisória, e somados a outros valores já recebidos pela família, chega a representar, pra todos os beneficiários, uma garantia de subsistência.
E de fidelidade eleitoral, certamente. Pois é isto que está sendo questionado nessa iniciativa do Palácio do Planalto. Ela entrou em vigor num ano de eleição, e isto, segundo a lei, não é permitido. Só que, por esperteza (mais uma do atual governo petista), foi criada por medida provisória a três dias apenas do final de 2007. Embora não tenha sido ainda aprovada pelo Congresso, já está valendo, porém, e abrange cerca de 1,7 milhão de jovens, com idade para requerer o título eleitoral e votar no pleito municipal de outubro deste ano.
O governo nega que tenha havido ampliação do programa. Apenas, um “aperfeiçoamento”. Seja lá o que for, a verdade é que se prepara para faturar os dividendos políticos, pois a oposição teme que, levando a denúncia à Justiça, acabe por perder os votos daqueles que se virem ameaçados de lhe ser retirado o bônus. O que aliás tende a acontecer, mesmo que a ação seja promovida pelo Ministério Público.










Fazer o que? Eu tenho a caneta!!!