
Ao fazer um balanço de 2009, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que o ano terminava de forma brilhante para a Casa. E explicou sua análise: “Começamos um ano muito tumultuado. Acredito que nós conseguimos, dessas discussões que tivemos, até tirar proveito, porque todo mundo se conscientizou da necessidade de decisão enérgica em todos os casos aqui existentes.”
Dizer que, para o Senado e os senadores, o ano de 2009 terminou de forma brilhante, é o mesmo que considerar que nós cidadãos brasileiros não temos inteligência e dignidade; é querer dizer um dito popular no nordeste que expressa muito bem o estado mental do brasileiro: “Burro que sempre usou cangalha não se acostuma com a sela”.
Será que o Sr. Sarney não tem um pouco de vergonha necessária para reconhecer e aceitar a realidade em que vive o Senado? Jamais antes neste País o Senado vivenciou tanta vergonha e humilhação. Um dia, alguns de seus dignos membros, espera-se pelo menos, vão impor a realização de uma necessária limpeza, com toda sujeira sendo eliminada. Isso é o que se espera. Uma resolução de Ano-novo, nesse sentido, é bem melhor do que, descaradamente, achar que o ano que se findou, depois de tudo o que aconteceu e veio à superfície para nosso conhecimento, tenha sido brilhante.
Então, fica óbvio, como disse um próprio senador, Heráclito Fortes (DEM-PI), diante do montante pago em horas extras aos funcionários do Senado em 2008: “é uma bagunça. O pessoal passa o dia fora, chega com o cabelo molhado no fim do dia e fica dando volta no Senado até 20h30 para marcar hora extra”, que a “bagunça” impera na Casa.
Resumindo: se não há controle algum quanto a despesas de funcionários é mesmo lícito supor que as irregularidades na administração do Senado sejam bem maiores do que se pensa. Mas, conforme Sarney, tudo está bem. O ano de 2009 terminou de forma brilhante e os casos existentes foram alvo de decisões enérgicas. Mas, todos sabemos, nada se resolve apenas com oratória. Há mesmo uma distância enorme entre os discursos e a realidade dos fatos. E, lamentavelmente, não se deve esperar providências saneadoras de qualquer espécie. Pois não há dúvida de que a classe política brasileira já percebeu que grande parte dos eleitores age como desmemoriada. Por mais que se divulguem os escândalos, o manto do esquecimento parece turvar a mente das pessoas. Trata-se, sem dúvida, de um problema crônico, que depende da conscientização geral para ser solucionado. Infelizmente, até agora, não há motivo para que o pessimismo dê lugar ao otimismo.
Dizer que, para o Senado e os senadores, o ano de 2009 terminou de forma brilhante, é o mesmo que considerar que nós cidadãos brasileiros não temos inteligência e dignidade; é querer dizer um dito popular no nordeste que expressa muito bem o estado mental do brasileiro: “Burro que sempre usou cangalha não se acostuma com a sela”.
Será que o Sr. Sarney não tem um pouco de vergonha necessária para reconhecer e aceitar a realidade em que vive o Senado? Jamais antes neste País o Senado vivenciou tanta vergonha e humilhação. Um dia, alguns de seus dignos membros, espera-se pelo menos, vão impor a realização de uma necessária limpeza, com toda sujeira sendo eliminada. Isso é o que se espera. Uma resolução de Ano-novo, nesse sentido, é bem melhor do que, descaradamente, achar que o ano que se findou, depois de tudo o que aconteceu e veio à superfície para nosso conhecimento, tenha sido brilhante.
Então, fica óbvio, como disse um próprio senador, Heráclito Fortes (DEM-PI), diante do montante pago em horas extras aos funcionários do Senado em 2008: “é uma bagunça. O pessoal passa o dia fora, chega com o cabelo molhado no fim do dia e fica dando volta no Senado até 20h30 para marcar hora extra”, que a “bagunça” impera na Casa.
Resumindo: se não há controle algum quanto a despesas de funcionários é mesmo lícito supor que as irregularidades na administração do Senado sejam bem maiores do que se pensa. Mas, conforme Sarney, tudo está bem. O ano de 2009 terminou de forma brilhante e os casos existentes foram alvo de decisões enérgicas. Mas, todos sabemos, nada se resolve apenas com oratória. Há mesmo uma distância enorme entre os discursos e a realidade dos fatos. E, lamentavelmente, não se deve esperar providências saneadoras de qualquer espécie. Pois não há dúvida de que a classe política brasileira já percebeu que grande parte dos eleitores age como desmemoriada. Por mais que se divulguem os escândalos, o manto do esquecimento parece turvar a mente das pessoas. Trata-se, sem dúvida, de um problema crônico, que depende da conscientização geral para ser solucionado. Infelizmente, até agora, não há motivo para que o pessimismo dê lugar ao otimismo.
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