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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O lado bom do ser humano


É muito comum acreditarmos que o ser humano é naturalmente insensível, competitivo, agressivo e egoísta. Mais: diante de uma demonstração de gentileza, solidariedade, e amizade em relação ao próximo, nosso julgamento nem sempre é o mais generoso. Muitas vezes, o autor desses gestos é chamado de fraco, bobo ou ingênuo.
Mas, ao contrário do que somos levados a crer, o ser humano não é programado para ser rude, violento ou orgulhoso. Muito pelo contrário. Há razões de sobra, comprovadas por pesquisas científicas, para acreditarmos que, bem lá no fundo do coração, somos bons, solidários, companheiros, e que é possível viver em harmonia com nosso semelhante. Basta descobrir nossa porção mais generosa.
Vários estudos mostraram que recém-nascidos tendem a chorar mais – e choram por mais tempo – quando ouvem outro bebê chorar, do que, por exemplo, diante de ruídos fortes. O que significa que, de alguma forma, estamos programados para ficar perturbados com o desconforto dos outros.
Animais são muito menos agressivos do que pensamos. Se pudéssemos ver o ambiente natural dos animais, assistiríamos a muita cooperação: chimpanzés atacando em bando e dividindo a caça; pássaros protegendo seus companheiros de predadores, etc.
O Manifesto sobre a Violência, um documento elaborado e assinado por professores do mundo todo e autoridades nos ramos científicos pertinentes, reunidos em Sevilha (Espanha) sob a égide da UNESCO no ano de 1986 por ocasião do Ano Internacional da Paz, afirma que “é cientificamente errado dizer que a violência está geneticamente programada em nossa natureza humana. A violência não faz parte da nossa evolução, nem de nossos genes”. As pessoas que assinaram essa declaração não eram malucos utópicos. Ainda assim, o Manifesto de Sevilha não teve nenhuma repercussão. Outros estudos revelando que nossa agressividade pode ser influenciada por fatores externos, como o comportamento dos pais, jogos, brincadeiras, filmes violentos e esportes competitivos, também não tiveram eco.
O que ninguém ficou sabendo é que se não é biológica, mas aprendida, a violência pode deixar de ser ensinada.
Considerando a facilidade de simplesmente virarmos as costas ao sofrimento de alguém, é notável a freqüência com que nos propomos a colaborar. Isso mostra que muitas pessoas ajudam pelo simples fato de estarem amparando alguém que necessita, não para se sentir melhor. E mostra que há muito mais coisa positiva na natureza humana do que costumamos acreditar.