
A iniciativa filia-se à doutrina distributiva que orienta os projetos sociais do atual governo, e poderia até ser aceita sem grandes restrições, não fosse por um detalhe: cerca de 75% das verbas irão para Estados e municípios governados pelo PT (Partido dos Trabalhadores) ou partidos aliados, e isto, num ano eleitoral. Por mais que o Palácio do Planalto conteste, fica claro o objetivo político da medida, que decerto terá a mesma eficácia na captação de votos que outras já em vigor, tipo Bolsa Família e assemelhados, como se viu em pleitos anteriores.
Agindo assim, o governo Lula forma uma imensa legião de eleitores cativos, cuja estreita dependência a ajuda do poder central faz deles nada mais do que um dócil rebanho sempre à disposição de seu benfeitor. Evolução social efetiva, não há nenhuma. Ganho para a nosso regime democrático, também não."
